MuMA recebe a exposição de Isidro Blasco

Um novo olhar sobre Curitiba. É isso que propõe Isidro Blasco em sua exposição individual intitulada Desconstrução da Paisagem, que acontece no Museu Municipal de Arte de Curitiba, o  MuMA, a partir do dia 18 de outubro. Com curadoria da mestre em poéticas visuais Denise Gadelha, a mostra é composta por uma instalação artística de 26 metros de extensão. São fotografias e vídeos que retratam Curitiba e proporcionam ao visitante outra percepção sobre a própria cidade.

Influenciado por sua formação em artes e arquitetura, o artista espanhol – que desde 1996 vive e trabalha em Nova York – é conhecido por criar estruturas tridimensionais a partir do encadeamento de imagens planas. Seu olhar fascinado pelas teias urbanas caóticas expressa a complexidade das construções coletivas ao justapor diversos níveis de um mesmo cenário em composições intricadas. Nas mãos habilidosas de Blasco, aquilo que inicialmente se resumia a apenas um magro retrato bidimensional ganha um corpo que se projeta no espaço e passa a se relacionar fisicamente com seu entorno.

“Seu trabalho parte de uma relação intuitiva com os lugares, quando o artista percorre habitats urbanos fotografando o que mais lhe desperta a atenção. Produz vasta quantidade de fotos, algumas muito parecidas entre si, a fim de esquadrinhar as variações de pontos de vista. Posteriormente, em seu atelier, refaz a paisagem, fragmentando para reconstruir. Modulando formas que multiplicam ecos do cenário que lhe inspirou”, explica Denise. As imagens são então postas em suportes de madeira que projetam os diversos planos no espaço.

Entre as séries do artista, destacam-se Father’s House – Casa do Pai (1998), Thinking About That Place – Pensando Sobre Aquele Lugar (2004), When I Look At It – Quando Eu Olho Para Isso (2004) e The Middle of The End – O Meio do Fim (2006). Representado no Brasil exclusivamente pela SIM Galeria, Isidro Blasco já teve obras expostas em museus como Queens Museum (Nova York), Museo Reina Sofía (Madri), Museo de Arte y Diseño Contemporáneo (Costa Rica), além de ter participado da Bienal de Fotografia de Helsinki, em 2012 na Finlândia, e da 1ª Bienal Internacional de Fotografia do Museu de Arte de São Paulo (MASP e MOM), em 2013. “O artista passou 10 dias fotografando skylines em Curitiba e o resultado é surpreendente. Sua produção em solo nacional promete não parar por aí”, revela Guilherme Simões de Assis, diretor da SIM Galeria.