Inatividade Paranormal 2 (A Haunted House 2)
Direção.: Michael Tiddes
Roteiro.: Marlon Wayans, Rick Alvarez
Gênero.: Comédia
Distribuidora.: PlayArte
Elenco.: Marlon Wayans, Jaime Pressly, Ashley Rickards, Dave Sheridan, Essence Atkins, Cedric The Entertainer, Gabriel Iglesias, Affion Crockett.
Sinopse.: Malcolm (Marlon Wayans) está tentando reiniciar a vida ao lado de outra mulher, Megan (Jaime Pressly), juntamente com os dois filhos dela, Becky (Ashley Rickards) e Wyatt (Steele Stebbins). Juntos, eles se mudam para uma nova casa. Ele, para variar, permanece com a mania de filmar tudo o que acontece à sua volta, com diversas câmeras. Entretanto, não demora muito para que Malcolm volte a ser afetado por acontecimentos sobrenaturais, especialmente quando inicia um caso com uma estranha boneca.
Avaliação.: (2/10) |
Se engana aqueles que pensam que escrever uma história com temática cômica/paródia seja um trabalho extremamente fácil, pois normalmente as pessoas que pensam assim, acreditam que esses se sustentem em situações do cotidiano do nosso dia dia ou um tema em evidencia – se tornando simples de desenvolver. Muito pelo contrário, um dos maiores vilões de qualquer produção desse gênero é o conhecido “tempo da comédia” (termo usado em atuação no gênero), que compromete e muito boa parte desses filmes. Pouco são os roteiros e atores que conseguem ter esse tempo da comédia, normalmente os roteiros que chegam próximo são os que abordam de forma natural todas as situações engraçadas, como se o publico entende-se que “…sim isso poderia acontecer facilmente na minha vida…”.
O que vemos em INATIVIDADE PARANORMAL 2, é sem dúvida uma melhora significativa em comparação ao primeiro filme (não entenda isso como um elogio), mas ainda falha gravemente em gerar situações extremamente sem sentido algum.
É de conhecimento de todos que a industria de cinema de Hollywood, necessita produzir em demanda. Mas à pergunta que se fica é, até onde vai o “padrão de qualidade” desses projetos. Claro que fica praticamente impossível argumentar contra números, fato que o primeiro longa só no território nacional levou quase um milhão de pessoas nos cinemas – passando da casa dos US$ 60 milhões em bilheterias ao redor do mundo. Muito extremamente positivo para produções que tem gastos baixos, o que faz esse gênero (ao lado do terror) muito rentável para a industria.
O roteiro escrito em parceria novamente entre Marlon Wayans e Rick Alvarez, dessa vez se sustenta em uma história um pouco mais convincente, tendo em vista que dessa vez a escolha dos filmes para serem parodiados, foi melhor, diferente do anterior que beirava ao besteirol do Zorra Total, com situações ridículas, com direito a se jogar no chão e sair dando berros desconexos. Nesse novo longa, já conseguimos ver uma melhora e um amadurecimento no roteiro, aonde conseguiram deixar de lado o besteirol por completo, tirando todas essas “comédias apelativas e forçadas” e conseguir trazer uma nova abordagem com uma comédia um pouco mais densa, porém não fugindo muito da formula do anterior.
Nessa nova trama, ainda podemos notar que nitidamente, ele consegue explorar muito mais alguns personagens mas sempre usando é abusando do humor negro com os conhecidos estereótipos típicos nos Estados Unidos entre negros e latinos, aonde chega em certos momento tocar em pontos racista desnecessário. Entendo que este tipo de produção opte exatamente por isso, abordar de forma agressiva diversos assuntos, tentando trazer o risos em seu público, mas devemos entender que esta sequencia ainda tente se manter no gênero da parodia.
O longa segue os eventos do primeiro, mas dessa vez Malcolm (Marlon Wayans) está tentando reiniciar a vida ao lado de outra mulher, Megan (Jaime Pressly), que tem dois filhos mais novos. A partir disso eles se mudam para nova cada que promete mudar o rumo de suas vidas.
Novamente protagonizado por Marlon Wayans, conhecido por trabalhos em “Todo Mundo em Pânico 2” e “As Branquelas”, se mostra novamente esforçado em trazer um certo realismo e convicção ao seu personagem. Com uma boa expressão para o humor, coisa difícil até de se achar nessas produções, o ator infelizmente esbarra em situações no minimo constrangedoras do seu roteiro, o que atrapalha e muito os próprios atores em seus trabalhos.
INATIVIDADE PARANORMAL 2, consegue despertar o interesse do público nos minutos iniciais, porém por ser uma comédia besteirol tão sem conteúdo, faz com que suas piadas começem a perder força ao longa do filme, aonde dispersa os espectadores – ao ponto de não conseguirem mais continuar assistindo. Dessa forma o filme perde todo o brilho que poderia ter, se conseguisse abordar de forma mais interessante os temas propostos e não fazer piada por piada.