Com direção artística de Luiz Fernando Lobo, a exposição O Golpe – 50 Anos Depois, que tem seu projeto cênico assinado por J.C. Serroni, um dos mais respeitados cenógrafos e arquitetos especializados em teatro do Brasil, será aberta dia 22 de março, de quartas a domingos, das 14 às 21h, no Armazém da Utopia, com entrada franca.
A nação brasileira despertou dividida na manhã de 1º de abril de 1964. Ouvidos atentos ao rádio que anunciava, em sucessivas edições extraordinárias: o governo do Presidente João Goulart fora deposto pelas Forças Armadas apoiadas por setores sociais conservadores que se opunham às Reformas de Base, defendidas pelo então Presidente da República legitimamente eleito. O GOLPE civil militar levou o país de volta ao rumo do autoritarismo, um processo de 21 anos de violência e repressão. O curador Luiz Fernando Lobo afirma que:
“Todos os países que sofreram períodos autoritários precisam enfrentar o passado. Memória, verdade e justiça são essenciais para o aprofundamento democrático e republicano do país.”
Para compreender o contexto histórico da época e pensar sobre seus desdobramentos, o Armazém da Utopia, dirigido pelo Instituto Ensaio Aberto, promove a exposição O GOLPE – 50 Anos Depois, em parceria com a Comissão da Anistia através do edital Marcas da Memória. A curadoria é de Luiz Fernando Lobo e Marcos Apóstolo, com cenografia de J.C. Serroni e coordenação de pesquisa de Beatriz Kushnir.
A exposição irá utilizar dois mil metros quadrados do Armazém da Utopia para estimular o público a revisitar os acontecimentos e ideais da época através de imagens históricas, instalações interativas e intervenções cênicas.
Além da mostra em si, a programação envolve também a realização de apresentações artísticas, shows, debates e leituras dramáticas de textos da época.
Destaque para as exibições do aclamado documentário O Dia Que Durou 21 Anos, de Camilo Tavares, que retrata a participação dos Estados Unidos na arquitetura do golpe de 1964, e do filme Eu Me Lembro, de Luiz Fernando Lobo, que aborda os acontecimentos que levaram ao golpe e os trabalhos da Comissão da Anistia.
Entre as apresentações artísticas, leituras dramáticas de Eles Não Usam Black-tie, de Gianfrancesco Guarnieri, e a remontagem do Show Opinião com participação de Renato Brás, Maurício Tizumba e Camilla Costa.
Na semana em que o golpe completa 50 anos, a exposição terá uma programação especial com debates e palestras, entre eles com o diretor Silvio Tendler, e audiências da Caravana da Anistia.
Data: De 22 de março a 13 de abril de 2014
Dias: De quarta a domingo
Horário: Das 14h às 21h
Local: Armazém da Utopia
Endereço: Av. Rodrigues Alves, Armazém 6 – Cais do Porto
Entrada Franca
Tel: 2253-8726 /2516-4857
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Fonte: Assessoria de Imprensa/SESC