Palestras e Documentários na Caixa Cultural de SP refletem o período Ditatorial na América Latina

No aniversário de 50 anos do golpe militar, a CAIXA Cultural São Paulo promove um ciclo de palestras e um festival de documentários que abordam o período ditatorial que vigorou não somente no Brasil, mas também em outros países da América Latina. Todos os eventos são gratuitos e têm o patrocínio da CAIXA.

Mulheres, Artes e Ditadura

A série de quatro palestras “Mulheres Artistas na Ditadura”, que acontece de 18 a 21 de março, procura lançar luz à produção cultural feminina no período da ditadura militar brasileira (1964-1985). As conferências , que serão ministradas por estudiosas de temas ligados à arte ou feminismo, têm a coordenação geral de Priscilla Leal e produção executiva de Guto Mendonça. As inscrições para participação devem ser feitas pelo site www.mulheresnaditadura.com.br

Três mulheres terão destaque nas falas das palestrantes: a cineasta Teresa Trautman, a produtora cultural Ruth Escobar e a fotógrafa Nair Benedicto. “Apesar do foco do evento ser a produção feminina no período, acreditamos que essas três merecem um destaque pelo que elas produziram em seus segmentos específicos e pela força de seus trabalhos em uma época em que o País estava dominado por militares e que a igualdade entre os gêneros era algo quase impossível de se sonhar”, conta Priscilla.

PROGRAMAÇÃO PALESTRAS

Dia 18 de março, terça-feira– 19h às 21h
Mulheres Artistas: Criar, Subverter e Reinventar-se em tempos de ditadura.
Palestrante: Luana Saturnino.

Dia 19 de março, quarta-feira – 19h às 21h
Teresa Trautman – mulheres cineastas e a cultura política do regime militar.
Palestrante: Alcilene Cavalcante.

Dia 20 de março, quinta-feira–19h às 21h
Ruth Escobar – mulheres produtoras culturais e resistência política.
Palestrante: Mariza Bicudo.

Dia 21 de março, sexta-feira – 19h às 21h
Nair Benedicto – mulheres fotógrafas e o registro no Brasil do regime militar.
Palestrante: Yara Schreiber.

Mostra Silêncios Históricos e Pessoais

A Mostra Silêncios Históricos e Pessoais irá explorar o vasto território do documentário latino-americano do século XXI, a partir de uma rigorosa seleção de 17 obras provenientes de seis países, Argentina, Brasil, Chile, México, Paraguai e Uruguai que abordam a riqueza poética, estética e política daquilo que alguns teóricos denominaram “documentário performativo”. O evento acontecerá de 25 de março a 06 de abril de 2014, em diversos horários, na Caixa Cultural São Paulo.

Na mostra, as realizações exploram de forma subjetiva temas relacionados com o passado político ditatorial, sobretudo na América Latina. As produções tratam de temas como o exílio, a tortura, a censura, a clandestinidade e a reflexão sobre o significado da resistência aos regimes ditatoriais, sempre permeadas pelas memórias de quem sofreu a violência das ditaduras.

A programação conta ainda com a presença de diversos realizadores para encontros com o público, como: Cecilia Priego, Flavia Castro, Flavio Frederico, Herman Szwarcbart, Macarena Aguiló, Maria Clara Escobar e Mariana Pamplona. E também promove uma conferência ministrada pelo pesquisador argentino Gonzalo Aguilar. Para participar da conferência, é necessário inscrever-se até 30 de março através do e-mail conferenciasilencios@gmail.com

FILMES SELECIONADOS

A garota do sul (La chica del sur). José Luis García, 2012, Argentina, 94’. Livre
Diário de uma busca. Flavia Castro, 2010, Brasil/França, 108’. 10 anos
Diga a Mario que não volte (Decile a Mario que no vuelva). Mario Handler, 2007, Uruguai/Espanha, 82’. 12 anos
Em busca de Iara. Flavio Frederico, 2013, Brasil, 91’. 12 anos
Espeto de pau (Cuchillo de palo). Renate Costa, 2010, Paraguai/Espanha, 93’. 12 anos
Família típica (Familia tipo). Cecilia Priego, 2009, Argentina, 75’. 12 anos
Fotografias (Fotografías). Andrés Di Tella, 2007, Argentina, 110’. Livre
M (M). Nicolás Prividera, 2007, Argentina, 140’. Livre
O eco das canções (El eco de las canciones). Antonia Rossi, 2010, Chile, 71’. Livre
O prédio dos chilenos (El edificio de los chilenos). Macarena Aguiló, 2010, Chile/Cuba/França/Holanda, 95’. Livre
Os dias com ele. Maria Clara Escobar, 2013, Brasil, 105’. 14 anos
Os loiros (Los rubios). Albertina Carri, 2003, Argentina, 89’. 14 anos
Papai Iván (Papá Iván). María Inés Roqué, 2004, Argentina/México, 55’. 14 anos
Perdida (Perdida). Viviana García Besné, 2009, México/Espanha, 94’. 14 anos
Rua Santa Fe (Calle Santa Fe). Carmen Castillo, 2007, Chile/Bélgica/França, 167’. Livre
Segredos de luta (Secretos de lucha). Mariana Bidegain, 2007, Uruguai/França, 85’. 14 anos
Um pogrom em Buenos Aires (Un pogrom en Buenos Aires). Herman Szwarcbart, 2007, Argentina, 75’. 14 anos