Quando se fala em balé, a primeira imagem que vem à cabeça são bailarinas com seus passos suaves flutuando no palco. Mas, o que muita gente esquece é da importância que a figura masculina tem na composição de uma coreografia. Pensando nisso, a escola de dança Adriana Paula Balé (APB) oferece bolsas de estudo para garotos com idade a partir de seis anos.
“A dança não define a sexualidade e não é para ser discriminada”, aponta a diretora da escola, Adriana Marques. A APB defende a inclusão de homens em qualquer modalidade de dança, pois o bailarino traz toda a sua masculinidade em cena, contrastando com a delicadeza feminina.
A dança proporciona muitos benefícios para a saúde como tonificação dos músculos, perda de peso, aumento da flexibilidade e da coordenação motora, prevenção de problemas posturais, diminuição do estresse, proteção das articulações, entre outros.
“Estamos oferecendo bolsas de estudo para os garotos que se interessem por qualquer modalidade de dança que ensinamos”, diz Adriana. Os interessados devem entram em contato com a secretaria da escola através do telefone (16) 3625-0838 e agendar horário para testes físicos e de aptidão com a equipe da Adriana Paula Balé.
Os garotos escolhidos serão encaminhados para a modalidade de dança que mais tem a ver com o seu perfil – balé, jazz, contemporâneo, sapateado e danças urbanas. “A APB está de portas abertas para os garotos que se interessam pela dança”, finaliza Adriana Paula.
Sobre a história do homem na dança
A palavra balé é rapidamente associada à figura feminina, criando certos tabus na decisão de um garoto que deseja seguir a carreira de bailarino. Muitos associam dança a sexualidade, mas a história mostra que o surgimento dessa modalidade é bem diferente do que vemos atualmente.
Há aproximadamente 500 anos, o balé surgiu nas cortes francesas e italianas. Nesta época as mulheres apresentavam papéis secundários, sendo ofuscadas pelos seus colegas bailarinos. As apresentações de dança eram essencialmente apresentadas por homens, que faziam tanto papéis masculinos, quanto femininos. Eles utilizavam saias e adereços para compor seus personagens e dar movimentos às suas coreografias.
Os homens eram privilegiados na dança devido a sua condição física, pois realizavam saltos e movimentos que exigiam força e agilidade. Naquele tempo não existia preconceito. Os espetáculos de dança eram assistidos pelos nobres das cortes, que apreciavam cada passo dos bailarinos.
A partir do século XVIII, é que as mulheres assumiram o papel principal e predominante das apresentações coreográficas. Neste período, elas já não utilizavam vestidos pesados que dificultassem seus movimentos e suas graciosidades.