A Orquestra Experimental de Repertório, grupo artístico da Fundação Theatro Municipal de São Paulo, faz única apresentação do programa “Painel Brasil” no domingo (01/12), às 11h, no Theatro Municipal. O Regente Titular da OER, Maestro Jamil Maluf convidou o Mto. Guilherme Mannis para assumir esse concerto que apresenta um panorama da música contemporânea brasileira, incluindo a 1ª audição mundial da obra laçoentrelaço, de Flo Menezes; uma rara execução do Concerto para Piano e Orquestra, de Willy Corrêa de Oliveira, e a Sinfonia dos Orixás, de Almeida Prado.
Flo Menezes é um dos mais significativos compositores contemporâneos brasileiros, de quem a OER já havia feito, em 2004, a estreia da obra labORAtorio, no Theatro Municipal, sob regência do maestro Jamil Maluf, a quem a presente obra laçoentrelaço é dedicada.
Executada em 1ª audição pela OER, laçoentrelaço, segundo palavras do próprio compositor, “expõe, como o título diz, laços de ideias que são entrelaçadas continuamente por outras ideias, constituindo uma escritura orquestral que, a rigor, lida com três arquétipos mais elementares da escritura musical: o intervalo, a melodia e os acordes. Meu desafio foi, a partir desses elementos basilares, constituir um organismo complexo e multifacetado, em que se escuta laçoentrelaço”.
Já no Concerto para Piano e Orquestra, de Willy Corrêa de Oliveira, a orquestra revela os nuances de uma obra estreada em 1979 por Caio Pagano, e que é uma das “muitas idealizações de concertos para piano e orquestra que nasciam durante o tempo de percurso de bonde de Botafogo ao Jardim do Passeio”, segundo palavras do próprio compositor, para quem “os concertos de Mozart estão no âmago e na origem de tudo”. A pedido de Caio Pagano, o Instante n. 2, peça originalmente escrita para piano solo, foi acoplada à orquestra, como coda do Concerto. Horácio Gouveia, pianista especializado no repertório de música contemporânea é o convidado para assumir a parte solista.
Por fim, a Sinfonia dos Orixás traz para o programa a música de um dos mais inventivos e ecléticos compositores brasileiros, José Antônio Rezende de Almeida Prado, falecido em 2010. Sua Sinfonia dos Orixás, 3ª obra no gênero, foi concluída em 1985, e é inspirada no universo afro-brasileiro. Utilizando um grande efetivo orquestral, a Sinfonia dos Orixás traça o perfil sonoro de 15 orixás, começando com uma invocação a Exu, com atabaques e maracas. No prefácio da partitura o compositor incluiu uma Louvação a Oxalá, que diz: “do meu coração um desejo: que todos os que tocarem e ouvirem esta obra sintam paz, saúde, alegria, esperança, amor, unidade”. A obra foi estreada pela Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas.
Data: 01/12 domingo 11h
Theatro Municipal de São Paulo
Endereço: Praça Ramos de Azevedo, s/nº.
telefone: +5511 3397-0300 / Bilheteria: 3397-0327
Ingressos: R$ 10 a R$ 40 – meia-entrada para estudantes.
Capacidade: 1.500 lugares
Sugestão de faixa etária: acima de 10 anos.
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