BREAKING BAD – A série perfeita
Agora que a série terminou, ao fim de 5 ótimas temporadas, começaram as especulações. Um spin off – série derivada, com alguns personagens em outras histórias – filmes que mostrem a realidade de Walt antes da doença, seu casamento com Skyler, o começo do envolvimento de Jesse com drogas e diversos assuntos que poderiam ser mais explorados, tudo é motivo para que os saudosos queiram reviver Breaking Bad.
A crítica é unânime em exaltar as interpretações e, principalmente, os roteiros brilhantes sobre o professor desiludido com sua vida medíocre, que resolve dar uma guinada em sua história ao se descobrir portador de um câncer terminal. Quem teve o prazer de acompanhar os 62 episódios do programa, não cansa de reverenciar esta história maluca. Como um pacato professor de química se envolve com um ex-aluno viciado e começa a fabricar metanfetamina para deixar a família confortável após a sua morte?
O que mais sobressai em Breaking Bad são os diálogos e a condução das histórias, em alguns momentos quase surreais. Com mil reviravoltas, a todo o momento o expectador tem certeza de que vai acontecer algo incrível e nada acontece. A seguir, quando tudo estava calmo, uma reviravolta se desenvolve e a história vai para rumos inimagináveis.
O melhor episódio, onde uma mosca adentra o laboratório e os personagens principais tentam expulsá-la para que não contamine o “produto” fabricado, é uma aula sobre teledramaturgia, digna de inspirar futuros e atuais profissionais da área. O texto e as interpretações dos atores Bryan Cranston (Walter White) e Aaron Paul (Jesse Pinkman) foram muito elogiados e premiados. Foi feito para fazer o público pensar.
Bryan Cranston – ator de carreira longa que fez muita comédia e teatro, mas desconhecido do grande público – se tornou uma celebridade. Foi elogiado publicamente por atores e diretores, inclusive Anthony Hopkins (o eterno Hannibal Lector) fez questão de mandar uma carta pessoal, onde o elogiava efusivamente. Da mesma maneira, Aaron Paul também se sobressaiu, apesar de também ter mais de 15 anos de carreira, quase sempre atuando em séries, sem nenhum papel de destaque.
Os fãs de Breaking Bad, saudosos, procuram oportunidades de ver os dois juntos novamente e toda hora aparece um vídeo dos bastidores, na internet. Cranston – que é um entusiasta do pôquer, participa de torneios entre celebridades (inclusive com Robert Forster, the disappeared) – demonstra ter intimidade com cartas, em como manuseá-las e suas jogadas, nesta filmagem com a participação do mágico David Blaine, de seu parceiro Aaron Paul e sua esposa, a atriz Lauren Parsekian.
Também surgiu um final alternativo, que só deve ser vista por quem já assistiu a série completa. Ela fará parte do Box Completo que será lançado dia 26 de novembro, mas já está na internet. Outra novidade caçada pelos fãs foi que o ator que interpretava o filho de Walt, RJ Mitte, resolveu se lançar também como cantor. Com paralisia cerebral moderada na vida real, ele afirma pretender levar as duas carreiras ao mesmo tempo.