CAIXA Cultural São Paulo apresenta a exposição “Caciporé – A Poética do Aço”

A CAIXA Cultural São Paulo apresenta de 09 de novembro de 2013 a 04 de janeiro de 2014, a exposição “Caciporé – A Poética do Aço”. A mostra conta com 20 obras da produção do artista Caciporé Torres a partir da segunda metade dos anos 1960. A abertura da exposição acontecerá no dia 9 de novembro, sábado, às 11 horas. Jornalistas poderão visitar previamente a exposição a partir do dia 06 de novembro.

Na realização de suas esculturas, Caciporé trabalha com vários materiais, entre eles o ferro, o bronze, o aço, o pó de mármore e o gesso. Esta é uma exposição retrospectiva na qual todas as obras foram realizadas com aço.

A curadoria é de Enock Sacramento, crítico de arte que acompanha o trabalho do artista nas últimas décadas e que o considera um dos escultores mais originais do Brasil ,

Segundo Enock, Caciporé é “criador de uma linguagem artística tridimensional de alta qualidade e especificidade”. Durante o vernissage, será realizada uma visita guiada à exposição, conduzida pelo artista e pelo curador. A expografia é de autoria de Flávia Rudge Ramos, arquiteta que se doutorou recentemente pela USP com uma tese sobre a obra de Caciporé.

A exposição permanecerá aberta ao público a partir de 9 de novembro, de terça a domingo, das 9 às 19 horas. Grupos interessados em visitas monitoradas poderão agendá-las pelo telefone 3321-4400.Mesa redonda e lançamento do catálogo: 23 de novembro, às 11 horas com a presença do artista Caciporé Torres, o curador Enock Sacramento e Flávia Rudge Ramos.

O Artista

Caciporé nasceu em Araçatuba, SP, em 1935, numa família de intelectuais. Sua mãe, Violeta de Sá Coutinho, foi concertista de piano, com formação européia. Seu pai,  Paulo de Lamare Torres, além de advogado, foi poeta e jornalista.

Caciporé Torres começou a trabalhar muito cedo e, em 1948, já participava do Salão do Sindicato de Artística Plásticos de São Paulo. Em 1951, com apenas 16 anos de idade, participou da I Bienal de São Paulo, conquistando nela uma bolsa de estudos no exterior. Frequentou durante dois anos, os ateliês de escultura de Marino Marini e Alexander Calder. Volta ao Brasil em 1953, mas retorna à Europa no ano seguinte, fixando-se em Paris, onde estudou História da Arte na Universidade Sorbonne e manteve ateliê durante quatro anos, período em que sua escultura tomou os caminhos da abstração.

Com base em São Paulo, Caciporé desenvolveu sólida carreira como escultor. Participou , entre outras, da Bienal de Veneza, da Quadrienal de Roma, da Bienal de Paris e da Bienal de São Paulo, na qual foi premiado em quatro edições. Atualmente mantém ateliê no bairro de Campo Belo, em São Paulo, e exerce o magistério superior na Universidade Mackenzie. É o escultor com maior numero de obras públicas no Brasil. Além das esculturas que integram a mostra “Caciporé – A Poética do Aço”,  os visitantes de sua exposição poderão rever, muito próximas do local, duas obras públicas de sua  autoria: “Vôo”, instalada nos jardins da Praça da Sé  e uma peça em aço, pintada de vermelho, no Largo São Bento. Em São Paulo concentra-se a maioria de suas esculturas públicas, entre elas “A grande coluna”, no MuBE, “A Coisa” na área externa do Museu de Arte Moderna, no  Parque Ibirapuera, “Trilho, Ritmo e vibração”, na Estação Santa Cecília do Metrô, “Árvore” e “Vitória de Samotrácia”, na Cidade Universitária da USP.