Se ainda estivesse entre nós, Vinicius de Moraes – o eterno poetinha – completaria 100 anos no dia 19 de outubro de 2013. Para homenagear essa data tão emblemática para a Música Popular Brasileira, a Jazz Sinfônica do Estado, corpo artístico da Secretaria de Estado da Cultura, preparou um concerto especial, que acontece nos dias 25 e 26 de outubro, às 21h, no Auditório Ibirapuera.
O concerto faz um apanhado da obra do compositor, mas está focado principalmente nas composições em parceria com Tom Jobim, Toquinho e Baden Powell. “Vinicius foi um grande catalisador da música popular brasileira. Fez composições com diversos parceiros. Escolhemos os três mais presentes, que são considerados o tripé de sua obra”, explica João Maurício Galindo, regente titular da Jazz Sinfônica.
A relação da Jazz Sinfônica com a música de Vinicius é antiga. O grupo desenvolve, há muitos anos, um trabalho que permeia as fronteiras entre o popular e o erudito. A MPB e a bossa nova – conhecidas no exterior como Brasilian Jazz – sempre foram uma constante no repertório da orquestra. Tanto que, em 2001, a Jazz Sinfônica gravou um CD todo dedicado às musicas do poetinha. O álbum reproduziu os arranjos originais do CD “Por Toda Minha Vida”, lançado em 1959 com orquestração de Leo Peracchi.
No palco, porém, esta é a primeira vez que a Jazz Sinfônica faz uma apresentação exclusivamente dedicada a Vinicius. “Percebemos que o nosso acervo está repleto de partituras de músicas do Vinicius. Já era hora de prestarmos essa homenagem e a ocasião é ainda mais especial”, destaca o maestro.
SOBRE A JAZZ SINFÔNICA
A Jazz Sinfônica foi criada pela Secretaria de Estado da Cultura em 1989, com o intuito de resgatar as tradições das orquestras de rádio e televisão que fizeram sucesso entre os anos 1930 e 1970. Com formação bastante singular, une a orquestra dos moldes eruditos a uma big band de jazz. O resultado é uma sonoridade exclusiva, que tem lhe conferido protagonismo na criação de uma nova estética orquestral brasileira por meio de arranjos contemporâneos e únicos.
Um dos grandes nomes da orquestra, responsável por transformar as melodias populares de compositores brasileiros em arranjos sinfônicos, foi Cyro Pereira (1929-2011), maestro dos Festivais da Record dos anos 1960 e um dos fundadores do grupo, que criou o repertório fundamental do grupo e ajudou a transformá-la numa das poucas com esse formato no mundo. Depois dele, a Jazz Sinfônica formou uma equipe de orquestradores de excelência, que trabalham para a formação do seu repertório – o grupo produz, em média, 100 partituras por ano e conta com um acervo de mais de 1,4 mil delas.
Formada por 82 músicos, a Jazz Sinfônica apresenta-se em concertos regulares na capital e interior de São Paulo, em muitos com importantes convidados. Já tocou com Tom Jobim, Milton Nascimento, Gal Costa, João Bosco, Toquinho, Paulinho da Viola, Daniela Mercury, John Pizzarelli, Stanley Jordan, Gonzalo Rubacalba, Deedee Bridgewater e Paquito de Rivera, entre outros.
O diretor artístico e regente titular da Jazz Sinfônica é João Maurício Galindo e Fábio Prado seu regente adjunto. Desde janeiro de 2012, a orquestra é administrada pela Organização Social de Cultura Instituto Pensarte.
Dias: 25 e 26 de outubro, às 21h
Local: Auditório Ibirapuera
Classificação etária: 10 anos
Duração: 90 minutos
Capacidade: 806 lugares
Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$10 (meia-entrada)
Na bilheteria do Auditório Ibirapuera e pelo (www.ingresso.com ou tel. 4003-2330)
Bilheteria: Não abre na segunda-feira.
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