O SELO INSTRUMENTAL BRASIL retorna ao Centro Cultural dos Correios, desta vez em uma edição marcada pelo signo da globalização e das músicas do mundo.
Em dois fins de semana (dias 26, 27 e 28 de julho e 02, 03 e 04 de agosto), o festival irá reunir importantes nomes do cenário musical nacional e internacional com o objetivo de promover o encontro do público com o melhor da música instrumental.
Idealizado pela Associação Cultural Mundo Brasil em conjunto com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, o SELO INSTRUMENTAL BRASIL, promove encontros musicais, muitos inéditos, entre importantes artistas, de diferentes estilos e procedências.
Na edição de 2013, o festival recebe como convidados o cubano Yaniel Matos, o argentino Adrian Barbet e os norte-americanos Jeff Gardner e Scott Feiner. Artistas que preservam, com enorme talento, a riquíssima herança cultural de seus países de origem, mas passaram também a cultivar o amor pela música do Brasil, país que escolheram como lar, para viver e desenvolver sua arte.
Ao lado destes convidados ilustres, estará ainda presente um elenco do primeiro escalão da música instrumental brasileira: Teo Lima, Guilherme Monteiro, Rafael Vernet, Jorge Continentino, Arismar do Espírito Santo, Marcelo Caldi, Fabio Luna, Bebê Kramer, Marcel Powell, Fabio Pascoal, Marco Lobo, Paulo Levi e o SambaJazz Trio.
O SELO INSTRUMENTAL BRASIL terá duração de aproximadamente 1h30 e as senhas devem ser retiradas na bilheteria uma hora antes do início dos shows. O Centro Cultural dos Correios fica na Rua Visconde de Itaboraí, 20 – Centro – tel: (21) 2253-1580
Programação
26 de julho – Jeff Gardner Trio convida Paulo Levi
Jeff Gardner Trio
Pianista e compositor nascido em Nova York, Gardner sofreu influência do clássico, do jazz e, principalmente, da música brasileira. Em inúmeras visitas ao Brasil, teve oportunidade de tocar com Hermeto Pascoal, Victor Assis Brasil, Paulo Moura, Hélio Delmiro e Dori Caymmi. A desenvoltura de Gardner com a música brasileira lhe permite enveredar até mesmo pelo baião e afoxé.
Baixista, pianista e compositor, Adrian Barbet, argentino radicado no Rio de Janeiro, debruça-se sobre músicas populares latino-americanas e jazz. Aos 14 anos, começou a estudar piano clássico e, em seguida, baixo elétrico. Desde 1980, quando começou a tocar na Argentina, combina o jazz latino com passagens pela canção folclórica e temas regionais. Frequentemente se apresenta nos palcos cariocas com o norte-americano Jeff Gardner.
Baterista, produtor e compositor, Teo Lima começou tocando trompete, antes de migrar para a bateria, seu principal instrumento. Ao lado de nomes como Dionne Warwick, Edu Lobo, Gal Costa, Zeca Pagodinho, Lulu Santos Elis Regina, Gilberto Gil, João Bosco e Stevie Wonder, apresentou-se em diversos shows e participou de mais de 5 mil gravações em estúdio.
Paulo Levi
O saxofonista paraense Paulo Levi reside em Nova Iorque e é cidadão do mundo desde os 17 anos, quando foi estudar no Conservatório Nacional de Música, em Paris. Em sua carreira de sucesso, já participou de diversos festivais de jazz, como North Sea Jazz Festival, Montreaux Jazz e Blue Note/Tokyo. Já dividiu palco com grandes nomes do cenário musical, como Nana Caymmi, Caetano Veloso, Herbie Hancock, Naná Vasconcelos e Bebel Gilberto.
27 de julho – Scott Feiner & Pandeiro Jazz convida Jorge Continentino
Scott Feiner & Pandeiro Jazz
Bacharel em música pela Hartt School of Music, nos anos 90, Feiner era um respeitado guitarrista na cena jazzística de Nova Iorque. Em 1999, em sua primeira visita ao Brasil, descobriu o pandeiro e uma nova dimensão musical. Mudou-se para o Rio de Janeiro e, em poucos anos, tornou-se pandeirista reconhecido no samba e no choro. É criador do projeto Pandeiro Jazz, que difunde o pandeiro brasileiro, instrumento pouco presente no contexto do jazz.
Pianista, arranjador e produtor musical, Rafael Vernet iniciou a carreira artística ainda jovem, em Bagé, no Rio Grande do Sul. Mudou-se para o Rio de Janeiro na década de 1990 e passou a tocar em shows e em estúdio com vários artistas, entre os quais Hermeto Pascoal, Chico Buarque e Paulinho da Viola. Apresentou-se em festivais de jazz, entre os quais “Roma Jazz Festival” (Itália), “Montreux Jazz Festival” (Suíça) e “North Sea Jazz Festival” (Hollanda).
Aos 19 anos, o baterista carioca Guilherme Monteiro já era músico profissional e tocava com Toninho Horta e Tavinho Moura. Em 2000, mudou-se para Nova York, onde acompanhou e gravou com nomes como Harry Allen, Ron Carter e Grady Tate. Recentemente, participou da gravação de “Jazz & Bossa”, de Ron Carter. No verão de 2009, se juntou ao grupo do baixista norte-americano em exibições pela Europa e Líbano.
Jorge Continentino
Saxofonista, flautista e compositor, o carioca Jorge Continentino já tocou com artistas como Marcos Valle, Marisa Monte, Milton Nascimento, David Byrne, Stewart Copeland, Jason Lindner, Red Hot Chili Peppers, Slide Hampton, Duduka da Fonseca, entre outros grandes nomes. É integrante do grupo Forró in the Dark, formado em Nova Iorque (cidade onde reside desde 2004), que promove uma fusão da música do nordeste brasleiro com elementos de rock, folk e jazz.
28 de julho – Sambajazz Trio convida Arismar do Espírito Santo
Sambajazz Trio
Trio instrumental que combina samba, bossa-nova e o improviso do jazz, cujo repertório traz de Tom Jobim, Marcos Valle e Dorival Caymmi a Ary Barroso, Cartola, Pixinguinha e Villa Lobos, sempre com arranjos originais. O pianista, tecladista e compositor Kiko Continentino é um dos vértices do trio. Também arranjador e produtor musical, já tocou com Gilberto Gil, Milton Nascimento, Caetano Veloso e Djavan. O segundo integrante é o contrabaixista Luiz Alves, que também faz parte do quarteto de Maurício Eihorn e do trio de João Donato (com quem excursionou pela Europa, Rússia, Estados Unidos e Japão), além de participar de shows e gravações com vários outros artistas. Fecha o trio o baterista e trompetista Clauton “Neguinho” Sales, que acompanhou Geraldo Azevedo, Luis Melodia, Gonzaguinha e Tim Maia, e consegue tocar os dois instrumentos simultaneamente.
Arismar do Espírito Santo
Em 1998, foi considerado pela revista Guitar Player um dos melhores guitarristas/violonistas do país. Multi-instrumentista, Arismar domina também o contrabaixo, o piano e a bateria. Tem ministrado master classes e apresentado concertos em circuito universitário dos Estados Unidos, Dinamarca, Argentina, Uruguai e várias cidades brasileiras. Em sua discografia incluem-se Arismar do Espírito Santo: 10 anos, Estação Brasil, Foto do Satélite; Uma porção de Marias, Essa Maré, América, Glow, Cape Horn, além de participações como solista em inúmeros outros CDs. O Projeto Alegria nos Dedos, composto do CD Maritaca, songbook e oficinas de criação musical, destacam-se temas cujas melodias ilustram a riqueza da música brasileira e sua diversidade.
02 de agosto – Marcelo Caldi e Fabio Luna convidam Bebê Kramer
Marcelo Caldi
Marcada pela fusão inusitada de estilos, formas e tendências, a obra de Caldi rompe as fronteiras entre o erudito e o popular, aproximando o tango argentino do forró brasileiro. Instrumentista, compositor e arranjador é um dos responsáveis pela revitalização da sanfona. Pianista de formação clássica, aliou a técnica à aprendizagem autodidata do acordeão. Em seu repertório, convivem Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Bach e Villa-Lobos. Em 2008, com o multi-instrumentista Fabio Luna, lançou Forró e Choro Vol. 1. No ano seguinte lançou Cantado, em que pela primeira vez gravou como solista, depois de anos de participação em grupos vocais.
Fabio Luna
Luna começou a estudar violão aos seis anos de idade e logo se interessou também pela flauta transversa, bateria e percussão. Licenciado em música pela UNI-RIO, em 1997 juntou-se à banda de Sivuca, com a qual permaneceu por nove anos. Seu CD Forró e choro Vol.I, em parceria com Marcelo Caldi e que traz composições de ambos, além de clássicos da música brasileira, concorreu ao Prêmio da Música Brasileira como melhor CD Instrumental de 2009. No mesmo ano, a convite do Comitê Olímpico Brasileiro, tocou em Copenhagen, Dinamarca, na cerimônia que marcou a escolha do Rio de Janeiro como sede olímpica.
Bebê Kramer
O músico gaúcho ganhou seu primeiro acordeon aos oito anos de idade e, das canções típicas dos pampas passou a incursionar pela obra de Tom Jobim e Astor Piazzolla. Aos 17 anos, já se apresentava em Florianópolis, onde foi solista da Orquestra Sinfônica de Santa Catarina, além de ter um grupo próprio, a Banda Dr. Cipó, com 3 CDs gravados. Em 2004, foi considerado revelação do Festival do Acordeon Mundial, realizado na Áustria. Em 2008, percorreu a Europa com Guinha Ramires e Alegre Corrêa no show “Laçador”; e tocou na África e Oriente Médio com Paulo Moura; e ainda rodou o Brasil com Yamandú Costa, Dominguinhos, entre outros. Dono de técnica apurada, é mestre no improviso, misturando influências do folclore com as mais diversas vertentes sonoras.
03 de agosto – Marcel Powell convida Fabio Pascoal
Marcel Powell
Fiel à tradição violonística do seu mentor e pai, Baden, reforça o talento com empenho na busca de apuro técnico. Marcel Powell é considerado um dos mais virtuosos violonistas brasileiros, apresentando-se no Brasil e no exterior ao lado de nomes como o guitarrista Victor Biglione e da cantora Ithamara Koorax, com quem excursionou pelo país ao longo de 2012, com o show 75 anos Baden Powell”. Em breve lança um disco em homenagem à obra do sambista Zé Keti, ao lado do cantor Carlos Augusto Martins. Também se dedica à composição e finaliza escolha de repertório para seu próximo CD solo, Tempo Livre, que trará parceria com Diogo Nogueira e Paulo César Pinheiro. Dono de estilo próprio, regido pelas raízes brasileiras, Marcel busca inspiração em fontes ricas como Sivuca, João de Aquino, Egberto Gismonti e o próprio Baden Powell.
Fabio Pascoal
Nascido em Recife, em 1960, filho de Hermeto Pascoal, o percussionista Fábio Pascoal iniciou seus estudos musicais no final dos anos 70, na Escola de Música Villa Lobos. Em 1987, juntou-se ao Hermeto Pascoal e Grupo, que integra até hoje. Desde então, participou de gravações em arranjos do pai para Maria Bethânia e songbooks de Gilberto Gil, Dorival Caymmi e Edu Lobo. Como músico, excursionou mundo afora. Em 1992, gravou o CD “Festa dos Deuses”; uma década depois, gravou “Mundo Verde Esperança”, do qual foi também produtor.
04 de agosto – Marco Lobo convida Yaniel Matos
Marco Lobo
O percussionista baiano Marco Lobo fez parte de bandas de músicos consagrados como Milton Nascimento, Caetano Veloso e Marisa Monte, acompanhando-os em turnês nacionais e internacionais e também participando de gravações em estúdio. Há alguns anos, trilha carreira solo, que já conta com três CDs disponíveis no mercado: “Aláfia” (2007), “Bahia – Marco Lobo e convidados” (produzido e gravado em estúdio alemão, em 2010) e “Marco Lobo” (2011). Desde 2009, trabalha com o Trio Elf, da Alemanha, em apresentações dentro e fora do Brasil. Além de utilizar instrumentos percussivos tradicionais, Lobo tira sons de objetos inusitados.
Yaniel Matos
Embora nascido no Brasil, foi em Cuba, aos oito anos de idade, que Yaniel teve o primeiro contato com a música, graças à influência de tios e avós. Iniciou-se no estudo de violoncelo e piano no Conservatório Estevan Sala, em Santiago de Cuba, e terminou sua formação musical em Havana, no Instituto Superior de Arte, onde também aprendeu composição. Ainda em Cuba, tocou junto a músicos prestigiados como Chucho Valdes, Issac Delgado e Orlando Valles. Em 2000, de volta ao Brasil, instala-se em São Paulo, integra o Mani Padme Trio e grava seu primeiro CD, Um Dia de Chuva, combinação de jazz com sotaque cubano e brasileiro. Em 2006, cria o quinteto Cuba Jazz Plus, formado também por artistas cubanos, alguns residentes em Nova York. Em 2008, passa a se apresentar em sexteto e é sucesso de crítica e público no Cuba Disco 2011.
Datas: 26, 27, 28 de julho e 02, 03 e 04 de agosto de 2013
Horário: 19h
Local: Centro Cultural Correios
Endereço: Rua Visconde de Itaboraí, 20 – Centro – Rio de Janeiro – RJ
Telefone: (21) 2253-1580
Capacidade: 200 lugares
Recomendação: 12 anos
Entrada gratuita: Senhas distribuídas uma hora antes dos espetáculos
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