Poucos faraós egípcios têm cativado o mundo como o Rei Tutancâmon. Três mil anos depois de seu reinado, as condições exatas nas quais morreu ainda permanecem um mistério. O documentário “Teoria Tutancâmon”, que faz parte dos 125 anos de National Geographic, estreia no domingo, dia 14, às 18h30, e mostra as evidências recolhidas por 90 anos para fornecer um perfil mais abrangente do faraó icônico do Egito.
Nat Geo acompanha um grupo de especialistas internacionais liderados pelo renomado egiptólogo Dr. Chris Naunton para o aprofundamento sobre alguns dos maiores mistérios que cercam o Rei Tut, tais como: Por que seu túmulo, praticamente intacto, não era digno de um rei ? Como ele morreu? O especial de duas horas, “Teoria Tutancâmon”, combina investigação forense, reconstruções e gráficos 3D para revelar algumas descobertas surpreendentes sobre esta figura histórica.
Para encontrar respostas para muitas perguntas, Nauton recorre a especialistas e documentos deixados pelo arqueólogo que descobriu a tumba do rei Tutancâmon há 90 anos. Howard Carter dedicou sua vida ao estudo de Tutancâmon, mas morreu antes que ele pudesse publicá-lo. Sua pesquisa nunca foi concluída, muitos dos documentos foram arquivados e esquecidos até o momento.
Mas mesmo com a extensa pesquisa de Carter e a ciência moderna, Naunton e sua equipe lutam com as questões mais difíceis que têm confundido os cientistas há décadas: Qual foi a causa da morte do Faraó de ouro e de seu severo estado de carbonização? Autopsias virtuais, testes de impacto de ossos e reconstruções forenses revelaram que o corpo de Tutancâmon sofreu danos graves. Embora seja considerado o “Rei Menino”, talvez seu legado seja de um jovem guerreiro cuja experiência no campo levou a sua própria morte.
A tumba de Tutancâmon foi descrita como uma “ruina carbonizada”, a única real múmia encontrada nessas condições. Sem registro de um incêndio, a equipe utiliza amostras de tecido da múmia e um termômetro ligado para tentar resolver o mistério. Em uma reviravolta inesperada, concluem que a múmia de Tutancâmon sofreu combustão espontânea devido aos óleos utilizados durante a mumificação.
Com acesso exclusivo à morte e ao sepultamento do faraó, as investigações de Naunton também procuram elucidar como é possível que sua tumba tenha sido mantida praticamente intacta até a sua descoberta em 1922. Além disso, os recentes dados geológicos e hidrológicos suportam a teoria de que o túmulo de Tutancâmon foi salvo por um “ato de Deus”, uma enchente que atingiu o Vale dos Reis no mesmo ano em que ele foi enterrado, preservando seus tesouros de ouro por milênios.