Boa tarde, caríssimos. A Frequência Não Modulada desta sexta-feira vai tratar sobre uma banda cuja sonoridade é mágica e que eu já deveria ter falado sobre por aqui. Ok, em todo texto em digo coisas como: “já não era sem tempo”, “demorei pra falar sobre”, blá blá blá. Mas quem se importa? Leave my paranoia alone. Bem, me refiro à banda pop psicodélica dinamarquesa The Asteroids Galaxy Tour.
Assim de nome, acredito que você não vai se lembrar. Mas se aquela música do comercial de 2011 da Heineken não lhe sai da cabeça, bang: é deles. The Golden Age foi lançada com single em setembro de 2009 e faz referência a Frank Sinatra e a Sally Bowles, personagem de Liza Minelli no musical Cabaret, coreografado por Bob Fosse. A melodia é bem chiclete e, ainda assim, super produzida. Mas ok, falemos um pouco sobre cada um dos integrantes. Assista abaixo ao clipe de The Golden Age:
Formada pela vocalista Mette Lindberg (e sua beleza estonteante, devo ressaltar) e pelo baixista/tecladista/produtor Lars Iversen no verão de 2007, AGT tem um som incrível pop/soul psicodélico que, mesclado aos vocais intensos de Mette, contagia. Gravado no estúdio caseiro de Lars, o primeiro disco, “Fruit”, lançado em 2009, conta com uma mistura bárbara de acid jazz, pop e psicodelia explícita. O álbum foi muito bem aceito pela crítica especializada e tem faixas encantadoras.
A propósito, a voz de Mette lembra o estilo vocal da Duffy (Mercy, se lembram? Claro que se lembram!). Para performar ao vivo, a “banda de duas pessoas” conta com Miloud Carl Sabri no trompete, Sven Meinlid no saxofone, Mads Brinch Nielsen na guitarra e Rasmus Valldorf na bateria.
A carreira dos dinamarqueses foi alavancada pelo sucesso da radiofônica música “Around the Bend”, que foi tema da propaganda do primeiro iPod Touch. “Lady Jesus” abre muito bem o álbum e diz muito o que virá a seguir. Assim como a incrível “Hero”, que não foi single, mas tem tanta força quanto um. Já “The Sun Ain’t Shining No More” foi música de trabalho e é animada: tem um belo arranjo de cordas, com uma vibe 007 bondenesca. Ouça abaixo:
Se Asteroids poderia ficar melhor? Por que não? O segundo disco veio pra arrebentar a boca do balão. Lançado em 2012, Out of Frequency soa mais pretensioso que o Fruit: vai além do psicodélico, abusa dos metais e sua sonoridade espacial torna a audição do disco uma experiência rica e intensa. Esse toque retrô setentista empregado é o charme do disco. Acho bem mais comercial que o disco anterior. Preciso dizer que a abertura do álbum é apaixonante. A faixa instrumental Gold Rush, Pt 1 já diz muito o que vem a seguir. Dollars in the Night samplea “It’s a Man’s Man’s Man’s World” de James Brown, preciso falar mais? Sim, preciso. Depois dessa, vem a segunda parte de Gold Rush e logo em seguida…
… Major, o primeiro single, tem grandes solos de saxofone, como um arauto da corte anunciando a chegada de seu rei. É tão extravagante e firulada que é impossível não esboçar um sorriso ao ouvir. Ouça Major:
A sonoridade jovial é que define o resto do álbum. É um disco que entrete, mas ainda assim sério e fixo nas suas propostas. Heart Attack soa como se Mette estivesse dentro de uma bolha – oh wait, é psicodelia, logo é natural se sentir assim. A faixa título é viajante, drogas não são nada perto dela e oh ok chega de bancar o óbvio, que ninguém está aguentando mais.
The Asteroids Galaxy Tour cativa e os próximos álbuns tem tudo pra se dar bem nos charts e, quem sabe, conquistar o mercado norte americano infestado de rappers e músicas plastificadas – não que AGT não se plastifiquem, mas enfim… vocês entenderam.
Na real Mette lindberg é a melhor cantora que eu já vi e ouvi espero poder conhecer essa banda auvivo mas primeiro eu tenho que aprender a falar ingles,já que eu só sei falar português e um pouco de espanhol i love the asteroids galaxy tour my club