O Último Exorcismo – Parte 2 | Confira a crítica da continuação do longa de terror estrelado por Ashley Bell

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O Último Exorcismo – Parte 2 (The Last Exorcism Part II)
Direção.: Ed Gass-Donnelly
Roteiro.: Ed Gass-Donnelly, Damien Chazelle
Gênero.: Horror | Thriller
Distribuidora.: PlayArte
Elenco.: Ashley Bell, Julia Garner, Spencer Treat Clark, David Jensen, Tarra Riggs, Louis Herthum, Muse Watson, Erica Michelle, Judd Lormand.
Sinopse.: Continuando os eventos do longa anterior, a sequência do filme seguirá a história da adolescente Nell Sweetzer (Ashley Bell), que é encontrada suja e aterrorizada na floresta, tendo acabado de escapar de um ritual demoníaco no qual um culto a ajudou a dar à luz um bebê demônio. Confusa e assustada, Nell é examinada por médicos, mas não se lembra de muita coisa, exceto que, como resultado de tudo, sua família está morta. Ela vai para Davreaux, uma casa de recuperação para meninas em Nova Orleans, onde tentará colocar sua vida de volta nos eixos com a ajuda do terapeuta Frank Merle. Nell até começa a namorar um garoto chamado Chris e consegue um emprego em um hotel local.Mas algo não parece certo para Nell. Ela está sengo perseguida pelo demônio que a possuiu. Ele quer Nell, mas de uma forma diferente…

Avaliação.: Recanto-Adormecido-0.5-Estrelas-F.CINZA-v

A sequência do longa ‘O Último Exorcismo’ lançado em 2010, é mais um daqueles franquias que você não vai conseguir imaginar por que estão continuando com algo que o próprio nome já dizia ser o último. Mas isso tem se tornado cada vez mais óbvio e nos últimos anos temos visto cada dia com mais frequência, franquias que só visão faturar milhões nas bilheterias, não visando uma qualidade e um respeito com os fãs. É dessa maneira que surge O Último Exorcismo – Parte 2, após sua primeira parte muito criticada porém rentável, todos esperavam um desenvolvimento melhor para continuação, trazendo mais riqueza de detalhes, e quem sabe dessa forma conseguisse fechar as diversas pontas que a primeira parte deixou em aberto, porém o que se vê nessa segunda parte é ainda mais pontas abertas e uma produção que consegue ser ainda pior do que a já detestada primeira parte.

Deixando de lado o found footage (filme perdido), o diretor Ed Gass-Donnelly, tem em suas mãos nessa produção mais formas de elevar o suspense, não ficando preso as limitação do ‘estilo’ e podendo se utilizar de diversos elementos do cinema para executar tal gênero como trilha sonora, planos, montagem e cortes, todos os quais poderiam gerar e conduzir de forma mais convincente o suspense. Mas nessa continuação tudo isso foi deixando de lado por Ed Gass-Donnelly, que optou em realizar um filme muito distante do seu gênero, que não envolve em nada o público e muito menos consegue trazer a tensão necessária para causar o suspense, e com isso conseguir empolgar o público.

O roteiro escrito por Ed Gass-Donnelly em parceria com Damien Chazelle, continua exatamente de onde o primeiro filme parou, o longa mostra a adolescente Nell Sweetzer que é encontrada suja e aterrorizada na floresta depois de escapar do ritual no qual um culto a ajudou a dar a luz a um bebê-demoníaco. Recolocada na sociedade a garota tentará viver uma vida normal como de qualquer outra pessoa. É nesse exato momento que o roteiro começa a mostrar os seus diversos problemas e acaba não sabendo conduzir suas intenções, partindo de um primeiro filme que não se explica as intenções desse demônio e muito menos os objetivos de cada personagem, dessa forma nos deparamos novamente com mais uma parte sem muitas explicações.

O longa desenvolve uma linha complicada de ser seguida, aonde opta por não se aprofundar novamente nas histórias que estão por trás dos acontecimentos, e acaba se tornando mais um longa de assombração e sustos baratos com falta de objetivos, aonde vemos personagens totalmente superficiais que não conseguem mostrar exatamente para que estão ali.

O longa caminha de forma erronia sem a obrigação de trazer nada de novo para a sequência, apenas se preocupando em assombrar saindo de uma cena e entrando em outra com a mesma intensidade de suspense, o que perde e muito o impacto que determinadas cenas poderiam causar, pois ele acaba deixando essa adrenalina em um mesmo nível o filme inteiro. Dessa forma, cenas que poderiam ter algum peso de suspense, acaba não tendo pois a direção não soube trabalhar o ritmo do filme. É dessa forma para tentar não dispersar a atenção de quem assiste, que a produção tenta cada vez mais se utilizar de barulhos que surgem a todo momento com o objetivo de acordar os espectadores que estão quase dormindo com a falta de um filme digno e conciso.

O destaque da franquia fica para a atriz Ashley Bell, que novamente se encaixa perfeitamente na personagem central da trama, aonde consegue ir de uma personagem meiga e inocente, a seu êxtase com sua aparência e sua habilidade de contorcionismo quando está endemoniada.

Os fãs de O Último Exorcismo – Parte 2 podem se alegrar e para os que detestam fiquem cientes, ao terminar o filme nos deparamos com uma franquia que continua em aberto para uma possível continuação e dessa forma continuar seu reinado de desrespeito com os espectadores. Mesmo os fãs apaixonados e fervorosos pelo gênero, sairão com essa incerteza de ter visto um filme digno.

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