Galeria Contempo apresenta exposição Degrau de Antônio Bokel

Em Degrau, que abre dia 8 de maio para convidados — e no dia seguinte, 9, para o público —,  Antônio Bokel apresenta um recorte com pinturas, fotografias, desenhos e esculturas que retratam o universo urbano, instigante e vivaz do artista.

A exposição tomará os dois andares da Galeria. “Trazer a obra do Bokel para nossa segunda exposição é muito importante nesse momento em que estamos solidificando nosso acervo. Essa relação já vem sendo sedimentada há cerca de um ano, quando estávamos ainda em busca do local da Galeria”, ressalta Marina Felmanas.

A obra contestadora de Antônio Bokel recria elementos caóticos em que signos conferem sentidos poéticos às suas composições, trafegando entre a essência e o simulacro.

Sobre o artista

A trajetória do trabalho de Antônio Bokel formou, em poucos anos de investigação pictórica, a criação de um mundo de signos próprios, que se relacionam entre si pelo total despojamento tipológico. O traço culto convive com símbolos gráficos primários de forma a complementá-los ora de forma crítica, ora envoltos em linhas desconcertantes que ampliam seus significados, criando a complexidade que sua obra encerra.

Talvez não haja, na expressão contemporânea, uma arte mais universal que aquela que nasce do olhar da rua. Os signos do grafite, que servem de pilar à arte de Bokel, estão ligados a uma investigação pictórica que pensa o urbano por excelência em todas as suas formas de expressão.

Essa plataforma permite e é entendida pelo artista como a gênese de um manifesto original e libertário — o rompimento com as formas oficiais de inserções que não impedem, porém,que tomem um vocabulário gráfico sofisticado e personalizado, influenciado por Cy Twombly e que em alguns aspectos faz lembrar Rauschenberg, pelas conexões, e em outros Mimmo Paladino, pela tipologia.

A obra de Antônio Bokel tem a seu favor a energia de uma posição estética bem definida e permeada de grande número de referências visuais.