Tom Jazz recebe o lançamento de Solo + da cantora Chiara Civello

Essencialmente cosmopolita, a cantora e compositora Chiara Civello aposta em uma faceta mais intimista ao lançar “Chiara Civello: solo +”, sua segunda turnê no Brasil. Italiana, mas com público fiel em Portugal, Espanha, Itália, Japão, Turquia, Polônia e Estados Unidos, Chiara seduziu a plateia brasileira ao apresentar composições com parceiros como o maestro Burt Bacharach e com as cantoras e compositoras Maria Gadú e Ana Carolina. Com Ana, assinou sucessos, como “Resta” e “Problema” (Melhor Música no Prêmio Multishow em 2012). E foi com a mesma perspicácia que a romana decidiu produzir um show mais intimista, “solo, ma non troppo”, porém repleto de participações especialíssimas, como Zizi Possi (dia 19 de abril), Pedro Mariano (dia 20 de abril) e Ana Carolina (dias 19 e 20 de abril), que estreia no Tom Jazz, em São Paulo.

No palco, acompanhada do guitarrista Guilherme Monteiro, parceiro da artista em quase todos os seus discos, Chiara se debruça em um vasto repertório que ela define como um “cocktail de sua essência ‘italioca’”. A cantora, que se divide entre o Rio, Nova Iorque e Roma, mescla toda a sua essência jazzística com suas composições conhecidas no Brasil e muitas parcerias. Dentre elas, Antônio Villeroy e Dudu Falcão – com quem compôs “Simplesmente Aconteceu”; canções de seu último álbum, “Al Posto Del Mondo”, título da música que compôs com Diana Tejera e que participou do Festival Di Sanremo 2012 – e foi um dos singles mais tocados na Itália em 2012.

Ainda no repertório, um extenso mosaico harmônico, como a canção “E Se” – produzida por Liminha, com arranjo de cordas de Lincoln Olivetti -, parceria com Diana Tejera e a reconhecida poeta italianaPatrizia Cavalli. “Got To Go”, composta com o americano Jesse Haris, que já assinou canções de Norah Jones, e a reconhecida “Trouble”, obra da frutífera parceria de Chiara com o mestre Burt Bacharach. Para embalar essa sofisticada sonoridade com roupagem pop, a cantora arremata o show com a autenticidade de canções italianas clássicas, como “Il Mondo” e “Io Che Amo Solo Te”.

A musicalidade inata de Chiara deu os primeiros sinais aos cinco anos de idade, quando ela começou a aprender piano, por influência da avó. Aos 12, iniciava suas aulas de violão e começou a freqüentar aulas de canto. No entanto, sua estreia profissional se deu enquanto cursava a Berklee College of Music, em Boston. Foi quando assinou o primeiro contrato com uma gravadora, a lendária Verve. Na reconhecida editora discográfica de jazz, por onde passou ícones como Louis Armstrong e Ella Fitzgerald, a cantora lançou o primeiro álbum, “Last Quarter Moon”, produzido por Russ Titelman, em 2005. Dentre as faixas, “Trouble”, sua composição com o maestro Burt Bacharach teve um grande reconhecimento pela crítica, com notáveis resenhas nos principais jornais da Europa e dos EUA.

A primeira turnê internacional aconteceu em seguida, no lançamento do segundo álbum “The Space Between”, em 2007. Produzido por Steve Addabbo, o repertório do CD foi apresentado em shows no Japão, Estados Unidos, Turquia e Espanha, entre outros países. No ano seguinte, a vinda de Chiarapara o Brasil, a convite do músico Daniel Jobim, desdobrou-se em um denso mergulho em novas sonoridades. Dentre elas, suas reconhecidas composições com Ana Carolina. Vivendo entre o Rio e Nova Iorque, Chiara lançou o terceiro álbum pelo selo Armazém, “7752”, nome que explica a distância, em milhas, entre as duas cidades – o que reflete a sutileza do humor de uma talentosa nômade musical.