Auditório Ibirapuera recebe concerto do Jazz Sinfônica com participação de César Camargo Mariano e Diogo Poças

A Jazz Sinfônica, corpo artístico da Secretaria de Estado da Cultura, retoma uma antiga parceria com o pianista e arranjador César Camargo Mariano em concerto em homenagem a Johnny Alf, um dos maiores nomes do jazz no Brasil. O concerto, que acontece nos dias 22 e 23 de março, às 21h, no Auditório Ibirapuera, terá a participação especial do cantor Diogo Poças.

Ao longo de nove anos, a série Jazz+ vem trazendo ícones da MPB e do cenário internacional em espetáculos embalados pela linguagem orquestral do jazz. “É muito gratificante dar início a mais uma temporada dessa série. Conquistamos um público muito fiel no Auditório Ibirapuera, que nos abraçou e é sempre muito carinhoso com o projeto”, destaca o maestro João Maurício Galindo, regente titular da Jazz Sinfônica.

O concerto de estreia da temporada 2013 da Jazz+ contará com um parceiro antigo da Jazz Sinfônica: César Camargo Mariano já dividiu o palco com o grupo em algumas apresentações e, dessa vez, o pianista será também  responsável pelo repertório e pelos arranjos, ao lado de Rodrigo Morte. Da parceria com Galindo, inclusive, surgiu a ideia de fazer um concerto não apenas instrumental, mas que trouxesse os  sucessos cantados de Johnny Alf, e para desempenhar a função escolheram a voz de Diogo Poças. Irmão da cantora Céu, Poças vem se firmando com um dos novos nomes da MPB.

Além dos destaques de Alf, como “Eu e a Brisa” e “Ilusão à Toa”, o programa traz duas composições de jazzistas consagrados – “Spain”, de Chick Corea, e “Concerto para Clarinete”, de Artie Shaw, serão apresentadas pela prata da casa, o baterista Nelton Essi e o clarinetista Michel Moraes, sob a batuta do regente adjunto da Jazz Sinfônica, maestro Fábio Prado.

SOBRE A JAZZ SINFÔNICA

A Jazz Sinfônica foi criada pela Secretaria de Estado da Cultura em 1989, com o intuito de resgatar as tradições das orquestras de rádio e televisão que fizeram sucesso entre os anos 1930 e 1970. Com formação bastante singular, une a orquestra dos moldes eruditos a uma big band de jazz. O resultado é uma sonoridade exclusiva, que tem lhe conferido protagonismo na criação de uma nova estética orquestral brasileira por meio de arranjos contemporâneos e únicos.

Um dos grandes nomes da orquestra, responsável por transformar as melodias populares de compositores brasileiros em arranjos sinfônicos, foi Cyro Pereira (1929-2011), maestro dos Festivais da Record dos anos 1960 e um dos fundadores do grupo, que criou o repertório fundamental do grupo e ajudou a transformá-la numa das poucas com esse formato no mundo. Depois dele, a Jazz Sinfônica formou uma equipe de orquestradores de excelência, que trabalham para a formação do seu repertório – o grupo produz, em média, 100 partituras por ano e conta com um acervo de mais de 1,4 mil delas.

Formada por 82 músicos, a Jazz Sinfônica apresenta-se em concertos regulares na capital e interior de São Paulo, em muitos com importantes convidados. Já tocou com Tom Jobim, Milton Nascimento, Gal Costa, João Bosco, Toquinho, Paulinho da Viola, Daniela Mercury, John Pizzarelli, Stanley Jordan, Gonzalo Rubacalba, Deedee Bridgewater e Paquito de Rivera, entre outros.

O diretor artístico e regente titular da Jazz Sinfônica é João Maurício Galindo e Fábio Prado seu regente adjunto. Desde janeiro de 2012, a orquestra é administrada pela Organização Social de Cultura Instituto Pensarte.