Palco vira Hangar na Caixa Cultural SP com o espetáculo Um príncipe chamado Exupéry

A CAIXA Cultural São Paulo apresenta, de 30 de janeiro a 10 de fevereiro, o espetáculo “Um príncipe chamado Exupéry”, da Cia Mútua, que retrata, por meio do teatro de animação, a vida do escritor francês Antoine de Saint-Exupéry, autor de O Pequeno Príncipe, no período de 1926-1944, época em que trabalhou para a companhia de correio aéreo francesa Aéropostale, entregando cartas em vôos que se estendiam pela Europa, África e América do Sul. O evento é gratuito e tem o patrocínio da Caixa Econômica Federal.

A peça é encenada em um hangar cenográfico, onde os atores interpretam mecânicos trabalhando e esperando pelo avião que está prestes a pousar. Os portões se abrem e o público se transforma em “passageiro”. Todos da plateia são convidados a esperar o avião na parte interna, acomodando-se em caixotes, bancos, lonas e respirando a atmosfera de um ambiente de voo dos anos 1920.

O processo de montagem do espetáculo iniciou com o estudo da vida e obra de Antoine de Saint-Exupéry, somado a entrevistas com familiares do piloto-autor. A produção dos bonecos e da cenografia foi elaborada a partir do livro “Dessin: aquarelles, pastels, plumes et crayons”, que contém desenhos do próprio Saint-Exupéry, desde quando tinha 10 anos até seu desaparecimento durante a Segunda Guerra Mundial, em 1944.

O projeto faz dez apresentações da peça, uma oficina de teatro de animação e uma palestra. A oficina “Sensibilização para as formas animadas” acontece no sábado (2), das 9h às 13h. Será ministrada por Guilherme Peixoto, ator e diretor da Cia Mútua, premiado em festivais nacionais e com apresentações na França, Espanha, Chile e Argentina. A palestra “Saint-Exupéry e os Cavaleiros do Céu” será ministrada na terça-feira (5), às 19h, pela pesquisadora e historiadora Mônica Cristina Corrêa. O tema retrata o cotidiano e aspirações de Saint-Exupéry, durante suas viagens, sobretudo as escalas que ele fazia na cidade de Florianópolis (SC), onde ficou conhecido como “Zéperri”.