O terceiro CD da cearense Lúcia Menezes – batizado com seu apelido Lucinha – saiu do forno em maio e seus shows estão rodando o país. Depois de passar pelo Teatro Rival, Tom Jazz em São Paulo e também Brasília e Fortaleza, agora volta ao RJ para única apresentação no dia 03 de dezembro, segunda, na Miranda.
Este seu novo álbum retrata a diversidade musical de nosso país agregando diferentes estilos em músicas inéditas e outras que são jóias da música brasileira, com produção de José Milton e arranjos de Cristóvão Bastos e João Lyra. E, como diz Sergio Cabral no release do disco “ela é cearense e faz, com as suas gravações, uma espécie de ponte musical entre o Nordeste e o Sudeste, cantando o que encontra melhor e disponível nas duas regiões”.
As músicas deste novo disco são a base deste show. Desenhado nos mesmos moldes do álbum, a apresentação terá as quatorze faixas, além de outras de discos anteriores ou já interpretadas por ela.
Este show tem sabor especial para Lúcia, pois interpreta as duas canções que gravou, pela primeira vez, da brasiliense Angela Brandão: Bola Sete, que abre o disco, e Requebrado, ambas de Angela Brandão (a primeira é inédita e em parceria com Marcelo Lima) estão em destaque no álbum e no roteiro do show, assim como O Amor é Velho – Menina (Tom Zé). À vontade nos sambas e, sem dúvida, nas músicas nordestinas, como seria esperado de uma cantora cearense, o repertório traz ainda a inédita Sanfoneiro, toque (João Lyra e Joana Lyra) e O Torrado (Luiz Gonzaga / Zé Dantas).Pisei num Despacho (Geraldo Pereira) e Injuriado (Chico Buarque) também fazem parte deste refinado repertório.
Lúcia contará com seu filho guitarrista Artur Menezes, outro cearense, que abriu os shows de Buddy Gay no Brasil. Assim como no CD, Artur fará uma participação especial em Moer a Cana (Chico César) e em Que Loucura (Sérgio Sampaio). Divide também o palco com ela os músicos João Lyra (violão), Camila Dias (piano), Jamil Joanes (baixo), Dirceu Leite (sopros), Firmino (percussão), Zé Leal (percussão) e Adelson Viana (sanfona).
Lúcia teve infância regada a choro, sambas e, especialmente, Carmem Miranda. “A Carmen eu estudei, é escola mesmo. Sempre adorei as cantoras do rádio… Lá em casa tocava sempre música antiga mesmo…”. E esta bagagem musical apurada está no repertório deste disco e show.
Foi no interior do Ceará, através da rádio Itapipoca, que Seu Cafita – locutor que só tocava suas canções preferidas – apresentou à cantora os clássicos da música brasileira. E foi também em Itapipoca, onde nasceu, que Lúcia subiu ao palco aos 3 anos, pela primeira, quando participou e ganhou o prêmio “melhor voz infantil da cidade”.
Sua carreira, entretanto, só teve início em 1988, quando se apresentou no Festival de Camocim, maior evento musical do Ceará, com a música Se a Amazônia Falasse de Pedro Magalhães. Na ocasião ganhou o prêmio de “intérprete revelação” e decidiu que, dali em diante, viveria de sua arte e passou a produzir seus próprios shows.
Seus primeiros trabalhos em homenagens a ícones brasileiros foram feitos de forma independente, com distribuição somente no estado. Foi em terras cariocas que a cantora lançou o primeiro trabalho de projeção nacional, o Lúcia Menezes (2005). A produção assinada por José Milton e arranjos de Cristóvão Bastos e João Lyra deu tão certa que no segundo CD, Pintando e Bordando, eles se reuniram de novo – pelo qual foi indicada ao Prêmio da Brasileira Música 2009 ao lado de Lia de Itamaracá como “melhor cantora regional”.
Local: Miranda – Espaço Lagoon
Endereço: Avenida Borges de Medeiros, 1424 – Piso 2 – Lagoa
Data: 03 de dezembro de 2012 (segunda)
Horário: 21hs
Ingresso: Setor Um Tom Acima: R$ 80; Setor Notável: R$ 60 e Setor Sustenido: R$ 40
Capacidade: 200 lugares
Classificação: 16 anos. Menores de 16 anos somente acompanhados do responsável legal.
Vendas: segunda a sábado das 14h às 21h e domingo das 12h às 18h
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