De mãos atadas a minha inexpressividade momentânea. Eis aqui mais um momento de bloqueio deste que vos fala.
Apesar de ter selecionado vários assuntos, acabei não me identificando com nenhum, mesmo tendo gostado de todos eles. Trata-se de uma semana bem turbulenta. Sei que vocês não tem absolutamente nada a ver com isso. Vocês vêm aqui para se informar e conhecer mais sobre música, apenas. Se o colunista está passando por isso ou por aquilo, o problema é todo dele. Afinal, ele é pago para escrever… OH WAIT
Então hoje, mais uma vez, vamos mudar um pouco as coisas aqui na Frequência Não Modulada. Vamos discutir, refletir, devanear brevemente (até porque não temos muito tempo) sobre o poder terapêutico da música. Insatisfeito com a sua vida social? Seus amigos acham o último capítulo de Avenida Brasil mais importante do que a sua companhia? Problemas familiares, corporativos, amorosos? Todos os anteriores? Na falta de um psicólogo, a música, o instrumental, o conceito são essenciais.
Impossível definir o termo “música”. Mas não custa tentar. Infelizmente, nos dias de hoje, nem sempre podemos atribuir essa definição de uma maneira geral. Trata-se de uma linguagem universal, que nasceu de um sentimento verdadeiro e profundo: seja ele amor, raiva, celebração, indignação ou agradecimento. É algo que vai além da razão.
Mesmo quando a música não tem a intenção de transmitir uma mensagem, ela cumpre essa função. Sua intensidade é indiscutível. Independente do que a música quer passar, o indivíduo vai absorver a letra como for conveniente a ele. Age como uma espécie de anestesia e pode colaborar em diferentes situações na vida do ser humano. É algo que ele pode se relacionar. Alguém que ele possa contar, digamos assim.
Sabe aquele momento que você ouve tanto, mas tanto uma música, que ela se torna parte do seu metabolismo? Nem sua nota mais subliminar passa despercebida aos nossos ouvidos. Por mais que você escute, a música sempre vai soar reveladora: quanto mais você ouve, mais se torna capaz de prestar atenção em nuances jamais percebidas antes. Nada paga essa sensação.
Uma determinada nota ou uma introdução de uma canção tem um importante papel. Ela te faz esquecer, mesmo que momentaneamente, os problemas. E, assim que a música se finda, parece bruxaria: você cai em si e se dá conta dos infortúnios da vida que está vivendo. É como qualquer atividade física que você faça: durante o ato, você se esquece de tudo. Não só a música, mas qualquer coisa prazerosa que você faça, vai te fazer esquecer, por um determinado período de tempo, as coisas ruins.
A forma como um instrumento ou uma voz soa pode ser resumido de uma só forma: “eargasm”, traduzido livremente como um “orgasmo auditivo”. A música é contagiante até sem querer. Seu cotidiano é naturalmente embalado por ela. Tanto que, sem querer, seus passos na rua saem ritmados com ela. Além de tornar o exercício físico mais prazeroso e nada cansativo.
De modo geral, a música é um combustível diário. Ninguém vive sem ela. Se uma nota musical ainda não foi entoada, é apenas uma questão de tempo.
ótimo texto! Música é tudo! Música também é terapia! O que dirá meus cds de Alanis Morissette…. rs