Dead Lover’s Twisted Heart lança disco com participação de Odair José

Conhecido por trabalhar folk-rock com composições em inglês, o grupo Dead Lover’s Twisted Heart expande suas linguagens musicais em seu novo disco, o EP Lóvi, que traz cinco faixas com letras em português e tem produção de Yuri Velasco (baterista do Graveola e o Lixo Polifônico) e Bruno Corrêa.

Com participação especial do ícone brega Odair José e de músicos de bandas que dão frescor à efervescente cena da capital de Minas Gerais, como  Fusile e o próprio Graveola, Lóvi revela influências não transparentes em obras anteriores do Dead Lover’s Twisted Heart – como tropicalismo, música romântica e a psicodelia de Arnaldo Baptista.

O EP, que acaba de estrear no formato digital pelo site oficial dlth.com.br, conta com financiamento do Fundo Municipal de Cultura de Belo Horizonte e também sai em CD e vinil, com projeto gráfico de Patrícia Rezende e Yannick Falisse.

Do brega ao rock

A faixa “Apocalipse do Amor” abre Lóvi com vocais de Ivan Vaz usando o nome da composição como figurativo para “arrebatar o coração” de amor. O teclado de Vinikov e o trompete de Victor Silva garantem levada dançante, num flerte com a lambada.

Odair José contribui na canção que ficou conhecida em sua voz, “Eu Tenho” (composição de Rossini Pinto). Aqui, o brega romântico ganha suporte de banjo e pandeirolas de Guto Borges e o acordeom de Sara Assis.

Outra participação de destaque é a de Marcos Braccini, produtor executivo do primeiro disco da banda, DLTH, de 2010. Em “Sei”, ele assina a bela produção do arranjo de cordas, com presença de membros da Orquestra Sinfônica de Belo Horizonte nos violinos, viola e violoncelo.

Na canção “Bandida”, o Dead Lover’s cria uma sonoridade dos anos 1950, enquanto Vinikov (que também toca piano) canta como um crooner sobre desilusão amorosa. A delicada ambientação sonora também é erigida pela tuba de Isaque Macedo, o clarinete de Juliana Perdigão (Graveola) e o bumbo de Yuri.

Em “Meu Coração”, última faixa do EP, a linha do baixo de Vinikov em sincronia com a guitarra-base de Ivan e a bateria de Patrícia Rezende formam um rock ensolarado permeado por congas e tambores da percussionista Flora Lopes (Graveola) e o ganzá de Yuri.

De BH a Europa

O Dead Lover’s Twisted Heart está ativo na cena musical de BH desde 2007, ano em que lançou em vinil o EP de cinco faixas What Is It For? (Vinyl Land Records), disponível para download no site da banda.

Em 2010, os belo-horizontinos soltaram o primeiro álbum, DLTH, que traz 12 faixas com composições em inglês, condensando influências como folk dos anos 1960, Jovem Guarda e rock ‘n’ roll.

Elogiado pelas principais publicações de música, o Dead Lover’s fez apresentações nas maiores cidades brasileiras, chegando a participar de festivais de renome, como Jambolada (MG), Mola (RJ), Coquetel Molotov (PE), Eletronika (MG), Bananada (GO), Conexão Vivo (MG) e Se Rasgum (PA) – estes dois últimos ao lado de Odair José, grande referência dos mineiros.

Em 2011, o Dead Lover’s chegou a abrir show da banda Phoenix em sua cidade natal e representou o estado em uma turnê europeia que rodou Portugal, Espanha e França.

No começo de 2012, o grupo despediu-se do repertório em inglês com o sofisticado videoclipe de “Pretenders”, dirigido pelo fotógrafo André Baumecker, radicado em Londres.

Lóvi (Independente; 2012)
Download gratuito: dlth.com.br/lovi

SERVIÇO
Dead Lover’s Twisted Heart
Show de lançamento: Terça, 25 de setembro, às 21h
Local: SESC Pompeia (Choperia)
Endereço: Rua Clélia, 93, Pompeia
Entrada gratuita
Classificação: 12 anos
Capacidade: 800 lugares
Informações: (11) 3871-7700
sescsp.org.br

*As informações são de responsabilidade de seus organizadores e estão sujeitas a alterações sem aviso prévio.

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