A cinco dias do encerramento de seu projeto de financiamento coletivo, no último sábado (dia 8), o Apanhador Só conquistou os R$ 44.748 necessários para tornar o próximo álbum possível.
No ar desde o início de julho, a campanha dos porto-alegrenses ultrapassou a meta e fechou, na noite de quarta (12), em R$ 55.768, verba que será utilizada a partir de outubro para pagar despesas de gravação, além de mixagem, masterização, arte gráfica e fabricação de CDs. 749 pessoas colaboraram.
Com 11 canções inéditas, o disco, ainda sem título, está previsto para março de 2013. A produção musical fica a cargo de Gustavo Lenza e Zé Nigro, com quem o grupo trabalhou no compactoParaquedas, produzido por Curumin – Lenza é engenheiro de som de artistas como Céu, Nação Zumbi e Lucas Santtana, e mixou a bolacha do Apanhador Só; Nigro é co-produtor de Japan Pop Showe Arrocha, função executada também em Paraquedas.
O quarteto guarda segredo em relação ao repertório da obra, mas não nega o desejo de incluir algumas das composições recentemente testadas em shows, como “Na Ponta dos Pés” (gravada na fita-cassete Acústico-Sucateiro, de 2011), “Torcicolo“, “Mas Não” e “Líquido Preto“. “Cartão-Postal“, cujo único registro está numa performance acústica da banda no estúdio da revista Rolling Stone, também pode ser convocada.
Todos ganham
O êxito do Apanhador Só deve-se, especialmente, à lista de recompensas elaborada por Alexandre Kumpinski (voz e guitarra), Felipe Zancanaro (guitarra), Fernão Agra (baixo) e André Zinelli (bateria).
Quem colocou a mão no bolso para ajudar os gaúchos, vai ganhar, por exemplo, encarte exclusivo feito à mão pelos músicos, oficina de gestão de artista independente, serenata e até show acústico na sala de casa – 39 fãs de várias partes do Brasil arremataram o último item.
Soma-se às recompensas campanha de fazer inveja, com ações como a apresentação em formato de piquenique, ao ar livre e de graça, promovida pela banda no Parque da Redenção, em sua cidade natal, para quase mil pessoas, e atendimento personalizado aos fãs, que puderam esclarecer dúvidas ligadas ao projeto com os integrantes no Facebook.
Antes da masterização, alguns financiadores sorteados pelo grupo participam de audição da obra em Porto Alegre e São Paulo, no início do ano que vem. A ideia é que eles troquem impressões e críticas com o quarteto sobre o material.
Todo esforço tem valido a pena. Apontado como um dos melhores nomes da nova safra da música brasileira, o Apanhador Só garantiu o disco, a independência e a aproximação de seu público, que agora espera ansioso pelo sucessor do celebrado álbum de estreia, de 2010, e deve seguir lotando os shows da banda pelo país.
Para ver todos os detalhes do projeto, acesse www.catarse.me/apanhadorso.