SESC Thermas apresenta espetáculo em torno da diversidade sexual nesta sexta

Nesta sexta, dia 31, o SESC Thermas apresenta o espetáculo Borboletas de Sol de Asas Magoadas que aborda a temática da diversidade sexual. A montagem, indicada para maiores de 18 anos, será apresentada às 20h, na Área de Convivência do SESC Thermas, com entrada grátis. É preciso retirar os ingressos com antecedência na Central de Atendimento do SESC. No mês de agosto o SESC Thermas trouxe também a exposição interiores: diversidades, também sobre diversidade sexual. A exposição caracteriza-se por uma mostra fotográfica que flagrou imagens de pessoas e não de seus esteriótipos, tendo como ponto de partida a ideia de apagar os rastros de preconceitos que ainda insistem em se relacionar à diversidade sexual.

Borboleta de Sol e Asas Magoadas nasceu como projeto de graduação de Evelyn Ligocki no Departamento de Arte Dramática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Após quase nove anos de vida, o espetáculo continua a ser aprimorado por Evelyn Ligocki, atualizado e inovado a cada temporada ou apresentação, trabalho esse encorajado também pelo público que gosta de interagir durante a encenação. Assim o espetáculo está sempre em contínuo processo de encenação e dramaturgia.

Construído por Evelyn Ligocki, “Borboletas(…)” foi baseado nas entrevistas e conversas da pesquisa de campo e em improvisações durante a criação da encenação, texto, personagem e encenação foram construídos simultaneamente, retroalimentando-se e esse processo nunca cessou. Como o espetáculo tem abertura para improvisação com o público, o texto ganha novos tons entre uma apresentação e outra.

Evelyn Ligocki fez pesquisa de campo nas ruas, diretamente com as travestis, entrevistando-as e participando como observadora do cotidiano desse grupo. Nas calçadas e casas, conheceu as histórias, os trejeitos, as gírias, os rancores e os desejos retratados por Betty. A atriz também encontrou material para seu trabalho na Associação de Travestis e Transexuais do Rio Grande do Sul – IGUALDADE, que defende a cidadania desse público.

O resultado foi um espetáculo em que o espectador também é convidado a adentrar na casa de Betty e mais profundamente no universo e cotidiano de alguém que nasceu em um corpo de homem e optou por exibir um corpo “super-feminino” e viver as consequências disso. O público divide o mesmo espaço com a atriz, que contracena durante quase toda encenação diretamente com seus convidados, recebidos e acomodados por ela em sua “casa”.

Fonte: Assessoria de Imprensa/SESC