Cadão Volpato e o compositor Mário Ficarelli integram a programação do Notas Contemporâneas no MIS

A terceira edição de 2012, Notas Contemporâneas, com curadoria do Cleber Papa, recebe o compositor Mário Ficarelli, para espetáculo ao vivo, no MIS, Instituição da Secretaria de Estado da Cultura, onde serão apresentadas peças representativas de sua produção. O evento acontece na quarta-feira, 18.07, às 20h e os ingressos já estão à venda na Recepção do MIS e pelo site da Ingresso Rápido.

Notas Contemporâneas realiza a captura de depoimentos oral, mídia esta que se destaca no Acervo MIS, ao longo de seus 10 anos. O projeto atual, coleta registros orais de artistas da música erudita contemporânea. “Esta é uma iniciativa importantíssima para a música erudita, sendo provavelmente a única atividade focada no compositor contemporâneo”, ressalta Cleber.

Durante o espetáculos serão apresentadas as composições Constantia, para violino e piano, com Maria Constança Audi de Almeida Prado Moreno (violino) e Marcos Aragoni (piano); Sonatina para Violoncelo interpretada Raiff Dantas Barreto; Reverence, com o pianista Marcos Aragoni; Sonata para oboé e piano, interpretadas por Alexandre Ficarelli (oboé) e Marcos Aragoni (piano); e Interlúdio com  André Ficarelli (trompa) e Marcos Aragoni (piano).

Antes do espetáculo, o público poderá acompanhar uma conversa entre o jornalista Cadão Volpato e o compositor, à respeito da sua carreira e da música erudita.

Mário Ficarelli nasceu em São Paulo em 1935. Estudou piano com Maria de Freitas Moraes e Alice Philips. Olivier Toni, seu professor de composição, foi o primeiro entrevistado da Série Notas Contemporâneas em 2011.  Cinco retratos de um Tema, executada pela Orquestra de Câmara da Rádio MEC, sob a regência de Nelson Nilo Hack, foi a obra que serviu de lançamento como compositor e atribui a Ficarelli o prêmio do Concurso Interamericano de Composição, em 1970.

Sua trajetória passa por reconhecimento no Brasil e no Exterior. Ao mesmo tempo em que foi comissionado no Brasil. Da mesma maneira produziu novos trabalhos para vários países. Suas obras foram executadas em França, Alemanha, Suiça, Estados Unidos entre outros. É membro da Academia Brasileira de Música onde ocupa a cadeira de nº 11, integra a Sociedade Brasileira de Música Contemporânea e a SUISA – Zurique. Seu acervo como compositor foi doado para o Centro Cultural São Paulo e está disponível para consulta e pesquisa.