História de Lenços e Ventos, espetáculo infantil da Cia Guerreiro, estreia no SescRio Casa da Gávea

História de Lenços e Ventos, espetáculo infantil dirigido por Jorge Farjalla, da Cia Guerreiro, extraído do livro homônimo do argentino (naturalizado brasileiro) Ilo Krugli,estréia no SescRio Casa da Gávea no dia 14 de julho, sábado. Esta é a primeira vez que a casa recebe teatro infantil.

A peça narra a saga da Azulzinha do Quintal, um lenço azul e aventureiro, que foge do quintal com o Vento da Madrugada para aprender a voar. É aí que surge o herói da história: o Papel de Jornal lá do quintal, personagem criado para salvar a Azulzinha e resgatá-la. Mas a heroína é roubada pelo Soldado Medieval, personagem de lata que a leva para uma monótona e fria cidade medieval. A cidade é dominado pelo Rei Metal Mau, que se apaixona pela Azulzinha e decide casar-se com ela.  Será que o Papel conseguirá salvar a Azulzinha?

Anna MachadoIpojucan DiasJorge FarjallaMariana Rosa e Raphaela Tafuri, os cinco atores em cena, utilizam a magia do teatro de animação, a partir dos próprios objetos e trilha sonora ao vivo, para narrar a história da Azulzinha do Quintal e, para isso, correm o palco se dividindo, hora em narradores, hora em personagens. Manuseando objetos inanimados, como um guarda-chuva, uma folha de jornal, lenços, pedaços de pano, sacos plásticos, bonecos, latas, instrumentos musicais e objetos inesperados, dão vida a simpaticíssimos personagens para contar, de forma alegre e bem humorada, as aventuras do lenço Azulzinha e seu amigo Papel.

Fábula sobre a liberdade, ambientada nos quintais mágicos da infância, fala da vontade de voar e de crescer, de conhecer novos horizontes, e da força do afeto do personagem Papel, que ultrapassa grandes obstáculos para resgatar Azulzinha do poder opressivo do Rei Metal Mau. Num jogo cênico através de exercícios corporais e dos objetos que ganham vida para trazer à criança o resgate de seu próprio quintal e, com isso, a vontade de interagir e brincar.

“O espetáculo é repleto de personagens espirituosas, que se movimentam em cenas surpreendentes e, muitas vezes perigosas, como no caso da queima do papel”, conta o diretor Jorge Farjalla. “A proposta é inovadora, interativa, pois entre o palco e a platéia não há divisão, todos participam ativamente do espetáculo, cantando em rodas, cirandas… enfim, construindo a história, de forma lúdica e reflexiva.”

O cenário se divide em duas fases: a primeira no quintal, onde um varal de roupas e muitos lenços caracterizam um quintal comum, cotidiano, que busca resgatar, pela simplicidade e despojamento, o “quintal da infância” – ambiente mágico onde tantas brincadeiras infantis se desenvolveram ao longo dos anos. A segunda situa a cidade medieval, formada por três baús encapados em papel laminado caracterizando a cidade do rei metal mau, onde tudo é limpo, organizado, brilhante e frio. Onde não entram nem lenços, nem ventos, nem pássaros.

Já o figurino é composto por peças inspiradas na estética romântica, trazendo na caracterização dos atores-narradores a nostalgia e remetendo à memória do quintal mágico da infância de todos nós, seja nas cores esmaecidas pelo tempo, seja em acessórios como fitas, arranjos de cabelo, coletes e suspensórios. Os figurinos masculinos trazem, ainda, uma inspiração nos Irmãos Grimm, dois alemães que se dedicaram ao registro de várias fábulas infantis.

SERVIÇO
Espetáculo: A História de Lenços e Ventos  – Cia Guerreiro
Texto: Ilo Krugli
Direção: Jorge Farjalla, Cia Guerreiro
Local:  Sesc Rio Casa da Gávea – Praça Santos Dumont – 116 – Gávea
Data:  de 14 de julho à 29 de agosto
Hora: 16hs0
Preço: R$ 30,00, inteira, e R$ 15,00, meia-entrada
Capacidade: 80 lugares
Classificação: livre

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