“Koyaanisqatsi, A Performance”, concebido por Ricky Seabra e com direção do belga Dirk Verstockt, estreia na ocupação Complexo Duplo, no Teatro Glaucio Gill, no dia 13 de junho, às 20h. O espetáculo é inspirado no filme cult “Koyaanisqatsi, Life Out of Balance” (1982 – direção Godfrey Reggio), que aborda a questão da sustentabilidade. A temporada é apresentada pelo Kaaitheater (Bruxelas), Boris VZW (Bruxelas), Belas Estratégias (Rio de Janeiro) e Fomenta Produções (Rio de Janeiro).
Koyaanisqatsi, na língua indígena Hopi do sudoeste americano, significa a vida fora de equilíbrio. O filme é considerado o primeiro documentário ambiental em longa metragem e termina com três profecias dos Hopi: “um dia, o mar ferverá”, “se cavares coisas preciosas da terra convidarás o desastre” e “antes do fim, teias de aranha atravessarão os céus”. Essas profecias apocalípticas diziam que tudo o que é feito contra a terra tem consequências para o ser humano, e pedem um novo modo de vida.
Trinta anos depois, Seabra convidou dois músicos para interpretarem, em cena, a famosa trilha de Philip Glass na viola caipira. Reescreveu as profecias originais do filme, de como o mundo vai acabar, e resolveu apresentar quatro novos presságios, mais otimistas, de como o Brasil vai salvar o mundo.
Em 1982, a técnica de time-lapse desenvolvida para o filme era o que havia de mais inovador, com carros, nuvens e cidades inteiras aceleradas. A trilha foi composta pelo compositor minimalista Philip Glass, com o que havia de mais inusitado em termos de sonoridade.
O grande desafio de Seabra foi reinterpretar imagens e sons tão inusitados em um espetáculo teatral, que foi focado em três elementos: imagem, som e profecias. A trilha sonora foi recriada em instrumento um tanto quanto improvável: a viola caipira, tocada pelos músicos Daniel Miranda e Nelson Latif. As imagens agora surgem de um I-Pad manipulado ao vivo por Ricky. As profecias também foram atualizadas, sendo direcionadas para as atitudes que o Brasil deve tomar para salvar o mundo com ações na Amazônia, no Cerrado, na Mata Atlântica e no Sertão. Contam histórias de gado sendo expulso da Amazônia, aeroportos e palácios que sequestram carbono da atmosfera, nordestinos e pinguins usando o Sertão para resolver o problema de mudança climática, entre outras soluções mirabolantes ao som da viola caipira. Durante a temporada carioca do espetáculo, serão realizadas, sempre após as apresentações, projeções do filme Koyaanisqatsi, autorizadas previamente pelo diretor Godfrey Reggio.
Koyaanisqatsi – A Performance, foi originalmente produzido em 2010 em uma co-produção Brasil – Bélgica, tendo como principal parceiro belga o Kaaitheater (http://www.kaaitheater.be/), um dos principais teatros de arte contemporânea da Bélgica e Europa. O espetáculo foi a principal atração do festival Burning Ice #3, festival de artes e sustentabilidade realizado em outubro de 2010. Além do Kaaitehater, o espetáculo foi apresentado no centro cultural Vooruit (http://vooruit.be/), em Gent, Bélgica e no centro cultural Brakke Grond (http://www.brakkegrond.nl/), em Amsterdam, Holanda.
Local: Teatro Gláucio Gill
Endereço: Praça Cardeal Arcoverde, S/N, Copacabana, ao lado da estação Arcoverde do Metrô.
Data: 13 de junho a 05 de julho
Hora: quartas e quintas, às 20h
Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia)
Funcionamento da bilheteria: de quarta a segunda, a partir das 16h.
Informações: (21) 2332-7904
Capacidade: 100 lugares
Classificação etária: 12 anos
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