A Bienal Naïfs do Brasil constitui-se em um evento cultural de grande amplitude e expressiva repercussão em quase todo o país, realizada pelo SESC São Paulo desde 1992, na unidade de Piracicaba.
A continuidade desse trabalho tornou a Bienal Naïfs do Brasil uma referência para todos aqueles que possuem algum vínculo com esse estilo de arte – artistas, pesquisadores, colecionadores e galeristas – além de educadores e estudantes, que ampliam seus conhecimentos por meio de um trabalho integrado de arte-educação.
A décima primeira edição da Bienal Naïfs do Brasil ocorrerá de 9 de agosto a 9 de dezembro no SESC Piracicaba.
A origem da Bienal Naïfs do Brasil iniciou-se no ano de 1986, por ocasião da primeira exposição coletiva que reuniu um grupo de 19 artistas ingênuos ou espontâneos como parte do projeto Cenas da Cultura Caipira, realizado no SESC Piracicaba, na exposição inaugural denominada de Mostra Nacional de Arte Ingênua e Primitiva. No portal (www.sescsp.org.br), o internauta encontra todo o histórico das edições, além de assistir a um vídeo sobre a história da Bienal Naïfs do Brasil.
Este ano, foram inscritas 536 obras de 268 artistas, naturais de 20 estados brasileiros. Foram selecionados 56 artistas e 71 obras. O júri escolheu 2 prêmios destaque-aquisição e 5 prêmios incentivo não aquisitivos, além de 8 menções especiais. O júri desta edição foi constituído pelo crítico e consultor de artes visuais Paulo Klein; pela especialista em arte popular e galerista Edna Matosinho de Pontes; pela coordenadora de artes visuais do SESC Juliana Braga e pela crítica e historiadora de arte portuguesa Marta Mestre.
A curadoria será assinada pela crítica de arte Kiki Mazzucchelli, que nesta edição, optou em não montar uma sala especial como nas edições anteriores, e sim, mesclar obras selecionadas pelo júri, com as de outros 10 artistas convidados. Com este movimento inédito, a curadoria pretende evidenciar relações, permutações e diálogos insuspeitos entre as produções naïf e contemporânea por meio de sua aproximação física no espaço expositivo, bem como complicar noções aceitas de categoria e hierarquia artística.
Sobre a Curadora: Kiki Mazzucchelli
Kiki Mazzucchelli é curadora e crítica independente. Atualmente desenvolve pesquisa de doutorado junto ao centro de pesquisa TRAIN – University of the Arts, em Londres, com um projeto que examina o legado de algumas exposições que foram fundamentais para a expansão da arte brasileira no circuito internacional na última década.
Em 2011, realizou a curadoria do projeto “O Cartaz como Espaço Expositivo Expandido” e editou o livro de artista “4.000 Disparos”, de Jonathas de Andrade, ambos financiados pela Fundação Bienal e pelo Ministério da Cultura. Em 2009, foi curadora residente na Fundación Gilberto Alzate Avendaño, em Bogotá. Escreveu ensaios sobre a obra de artistas como Alexandre da Cunha, Carla Zaccagnini, Erika Verzutti, Marcius Galan, entre muitos outros. Seus textos aparecem em diversas publicações, entre elas, Artecontexto, Cadernos do Videobrasil, Flash Art e Tatuí.
Exposição: de 9 de agosto a 9 de dezembro de 2012.
Local: SESC Piracicaba
Endereço: Rua Ipiranga, 155 – Centro – Piracicaba
Informações: 0800 774 0234 / (19) 3437-9286
Horário de Atendimento: terça a sexta das 13h às19h e sábados das 9h às 13h.
Email: bienalnaifs@piracicaba.sescsp.org.br
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