Em novo projeto de CD, o percussionista Dalua e o Mestre de capoeira Maurão (Mauro Porto da Rocha) resgatam a importância da tradição oral, da musicalidade brasileira e de raiz.
No próximo dia 25 de fevereiro, às 22h, o músico Dalua e o Mestre de capoeira Maurão apresentam no Tom Jazz o show “O samba de roda de Dalua e Mestre Maurão”.
A noite contará com participações especiais de Yaniel Matos (Pianista Cubano), Nega Duda (Sambadeira de São Francisco do Conde, no Recôncavo Baiano), e o violonista Paulo Dáfilin.
SOBRE O CD
O resgate da memória de um povo, seja por meio da música, das artes plásticas e dos rituais são os elementos que permitem com que a cultura renasça e se reinvente de tempos em tempos. Memória, ritual e pluralidade cultural são três conceitos que definem o novo projeto-álbum independente do percussionista brasileiro Dalua e o Mestre de capoeira Maurão, do Grupo Capoeira Mandinga.
“O Samba de roda de Dalua e Mestre Maurão”, com previsão de lançamento para o final de outubro em todo o país é um recorte das vozes e musicalidades de origens espontâneas que permitem ao Brasil um cenário único. Em dois CDs com um total de 24 faixas, domínios públicos, muitos ainda desconhecidos, ganham registro histórico. Em “Samba de Caboclo, Na minha viola”, “Na boca da mata “Chita do Brás”, “Vou tirar meu amor do samba” e “Dona da casa / Eu vi a pomba na areia”: o resgate da alegria e da característica musical que marcam os encontros de samba de roda.
Do desejo para a materialização foram dois anos de trabalho de pesquisa e de diálogo com os parceiros e com o produtor convidado, Guilherme Chiappetta. A percepção de que o canto, presente na tradição oral brasileira, era o protagonista dos trabalhos, fez com que Dalua, também produtor do álbum, optasse em gravar primeiro as bases (canto), e em seguida, com a participação de artistas convidados, traduzissem através de uma poética própria, novas sonoridades, harmonias, melodias e ritmos. Este resultado pode ser conferido no primeiro álbum. Já no segundo, mantém-se o samba em seu estado bruto, sem a interferência de traduções ou linguagens. “Percebi, dentro da estrutura do samba de roda, uma série de novas possibilidades rítmicas, harmônicas e melódicas. Ousamos fazer isso. Novos arranjos e ilustres convidados escolhidos especialmente nos deram a honra de dividir o seu talento para realizarmos o CD 1”, aponta o músico Dalua, que também é Mestre de capoeira.
O projeto nasceu em 2009 durante os jogos de capoeira, onde ao final de cada encontro, Dalua e seu “tio-irmão”, o Mestre Maurão, “puxavam” com palmas os sambas para o encerramento. A presença e a energia dos participantes resultavam em uma apresentação vivaz, digna de fazer surgir nos dois companheiros de trabalho, o desejo de mostrar ao público a simplicidade na riqueza deste universo da cultura popular brasileira.
Para ressaltar a multiculturalidade que define a obra, a participação especial do pianista cubano Yaniel Matos em “Samba de Caboclo”, permite um resultado sonoro surpreendente, ao utilizar o instrumento clássico com cantos africanos. Como contraponto, o lado rock in roll, com a presença de contrabaixos gravados pelo próprio Dalua nas faixas “Chita do Brás“, com participação de voz de Nega Duda e “Vou tirar meu amor do samba“. Para arrematar, o acordeon de Marcelo Jeneci em “Papai me bateu“ simboliza e celebra o encontro étnico e a diversidade presentes em nossa memória, e espalhadas ainda, pelos cantos do Brasil afora.
O UNIVERSO DE CORES E ESTÉTICA DA ÁFRICA
“Se olharmos de qualquer praia da costa litorânea brasileira, não avistaremos apenas a linha do horizonte, mas estaremos face a face com o continente africano”, define o produtor e músico Dalua, apontando o olhar e a simbologia que permeia o projeto gráfico do álbum.
Na capa e contracapa a imagem produzida pela fotógrafa Priscila Prade mostra o dorso de uma mulher e de um homem negro, semi mergulhados nas águas do mar, olhando na linha do horizonte e em busca das raízes étnicas brasileiras.
Sob a visão apurada do artista plástico e cenógrafo Gringo Cardia, o encarte é uma revisitação às cores, aos signos e à simbologia da estética de matriz africana. As ilustrações são estampas de tecidos trazidos pelo próprio artista durante suas inúmeras visitas ao continente.
O CD duplo “O Samba de roda de Dalua e Mestre Maurão” com gravadora independente e distribuído pela Trattore já está à venda nas lojas de CD´s e livrarias de todo Brasil.
::: Serviço :::
25 de fevereiro, sábado, às 22h (abertura da casa às 20h)
Tom Jazz – Av. Angélica, 2331, Higienópolis, São Paulo
Entrada a R$40
Aceita cheques e todos os Cartões de débito e crédito
Duração do show de aproximadamente 1h30
Classificado para maiores de 18 anos
Capacidade para 200 pessoas
Possui ar condicionado
Acesso para portadores de necessidades especiais
Estacionamento com serviço de vallet a R$ 15,00
Mais informações e compra de ingresso pelos sites www.tomjazz.com.br e www.ingressorapido.com.br, pelo telefone (11) 4003-1212 ou diretamente na bilheteria do Tom Jazz