O Museu de Arte Contemporânea de Campinas (MACC) encerra 2011 com a exposição “Tempo-Pparalelo”, do grupo Pparalelo de Arte Contemporânea, que será aberta nesta sexta (16) e a visitação ao público será de 17 de dezembro até 15 de janeiro.
Resultado do Edital lançado para o segundo semestre, a exposição tem a curadoria de Ruy Sardinha, filósofo, historiador da arte e professor do Curso de Arquitetura e Urbanismo da USP São Carlos. A seleção de trabalhos apresenta peças recentes do grupo reunidos, pela primeira vez, nessa mostra que condensa estratégias criativas dos artistas dentre itinerâncias, viagens e experimentações da busca por novos diálogos e lugares para a produção contemporânea.
Toda a área do MACC será ocupada, internamente e também na parte externa do local. Seguindo sua vocação para intervenções em espaço aberto e urbano, o Pparalelo propõe a construção de um monumento temporário a ser instalado do lado de fora do Museu. Composto por cinco faces revestidas com imagens de trabalhos dos artistas do grupo, esee monumento antecede o próximo projeto de intervenções programado para 2012.
Artistas participantes
A diversidade das linguagens contemporâneas constrói o contexto da exposição.
Adriana da Conceição traz uma instalação artística e dois desenhos de sua atual pesquisa visual de fachadas veladas na paisagem urbana de distintas cidades do planeta. Camadas de tempo na paisagem dá titulo às suas proposições para a exposição.
Já Hebert Gouvea investe na criação de peças que misturam o corpo, a paisagem e o elemento gráfico dispostos em caixas de luz. Desníveis, Padrões Corporais e estudos para a intervenção “Urban Dazzles” reunidos por ele buscam mascarar as formas do próprio corpo do artista e paisagens urbanas recortadas.
Sylvia Furegatti apresenta objetos, fotografias e instalação artística que tem no elemento do vidro a matéria comum. “Seres Primordiais e Contentores de Paisagem” sugerem sua investigação sobre a relação entre os continentes e conteúdos. Os trabalhos resultados desse interesse buscam os limites da paisagem, solicitam que o olhar do espectador invista tempo de investigação para perceber a sutileza das passagens e limitações da área da paisagem capturada.
Dorothea Freire rearranja seus arquivos de imagens fotográficas, que tem nas bandeiras sua questão principal. “Simbologia e Representação” é seu novo trabalho que se constitui de uma coleção de 25 imagens que exploram o desenho elaborado de alguns brasões contrapostos à abstração geométrica de outros símbolos que sustentam a visualidade das nações representadas. A ideia desses desenhos ainda ligados ao passado ladeados por outros que, mais abstratos, sugerem o tempo presente, formam o caminho explorado por ela para a questão temporal levantada pela exposição.
Cecilia Stelini reúne trabalhos que exploram a ideia das camadas em desenhos, vídeo e fotografia. “O Tempo Suspenso” e “Do que não foi dito” indicam os espaços vazios encontrados nas relações afetivas.
Na segunda grande sala do museu apresenta-se a “Série Calendário” composta de cinco fotografias em grandes dimensões, trabalhos que já foram expostos em vários outros centros culturais e agora estão reunidos em Campinas. A última sala será destinada à apresentação de uma seleção de vídeos: “Novos Corredores Culturais” (Pparalelo); “Seres Primordiais” (Sylvia Furegatti) e “Do que não foi dito” e “Enxerto” (Cecilia Stelini) e também apresenta um outdoor de 6,40×2,20m, reapresentação da fotografia que registra a incursão do grupo na chamada “intervenção rural”, uma área de fazenda para onde viajaram os artistas do Pparalelo com seus corredores culturais. Este painel foi primeiramente apresentado no Sesc Campinas no mês de outubro desse ano.
::: Serviço :::
Exposição “Tempo-Pparalelo”
Local: Museu de Arte Contemporânea de Campinas (MACC). Rua Benjamin Constant, 1633, Centro. (19) 3236-4716 e 2116-0346
Data: de 17 de dezembro de 2011 a 15 de janeiro de 2012
Horários: de terça a sexta, das 9 até 17 horas. Sábados, das 9 às 16 horas. Domingos e feriados, das 9 às 13 horas