Dando início às comemorações dos 20 anos do TEATRO DA VERTIGEM, o diretor artístico do grupo, Antonio Araújo, lança o livro “A Gênese da Vertigem – O processo de criação de O Paraíso Perdido”. O lançamento acontece na Livraria da Vila (Alameda Lorena, 1731 – piso térreo) no dia 12 de dezembro de 2011, das 19h às 22h. A publicação integra a coleção Estudos da editora Perspectiva.
Antonio Araújo, além de diretor artístico do Teatro da Vertigem, também é um dos idealizadores da companhia, e, relata nesta obra, todo o processo de criação de O Paraíso Perdido, espetáculo inaugural do repertório do grupo, encenado pela primeira vez em 1992, na igreja de Santa Ifigênia, em São Paulo. O livro descortina o fascinante making of deste que hoje é reconhecido como um marco da cena contemporânea brasileira. O Teatro da Vertigem tornou-se um representante indiscutível do teatro de grupo dentro do cenário nacional ao personalizar um processo de criação árduo e coletivo, e, por outro lado, incorporar o ambiente urbano, fazendo de edifícios e paisagens icônicas da cidade palco de seus espetáculos. “A Genese da Vertigem” é divido em sete tópicos: “Gênesis”, “Em Busca do Artista-Pesquisador”, “O Diálogo Arte/ciência: a Mecânica Clássica em Cena”, “O Depoimento Pessoal: Visões do Paraíso e Memória da Queda”, “O Processo Colaborativo: da Física à Metafísica”, “A Re-significação do Espaço: Igreja, Teatro e Cidade” e “Êxodo”.
“O objetivo desse trabalho é o estudo de um processo de criação, pela ótica de um criador, com todas as implicações advindas de tal olhar. Descritivo e crítico, esse livro pretende captar, antes de tudo, o movimento e a transitoriedade de uma obra em gestação. Os fluxos e refluxos de um processo sempre inconcluso, incerto, tateante, que envolve experimentações dramatúrgicas, interpretativas e cênicas rumo à criação de um espetáculo, O Paraíso Perdido, e se constituiu na primeira parte de uma trilogia bíblica, embora não tivesse sido pensado, de início, nessa forma tríade”, reflete Antônio Araújo no livro.
Kil Abreu, pesquisador e crítico de teatro, afirma que “Em ‘A Gênese da Vertigem’, o autor elucida o princípio de colaboratividade à forma da escrita. Há no livro a convocação das vozes dos parceiros e parceiras, que têm no livro um novo espaço de intervenção. Ao reconstituir esse debate durante o processo de criação do espetáculo, guiado pelo sentimento de uma nova ação criativa, Antônio Araújo faz mais que um registro: interpreta criticamente, lança hipóteses sobre o que teria motivado aquela experiência e a extensão dela nos anos seguintes”.
A estudiosa e pesquisadora de crítica genética e professora da PUC-SP escreve no prefácio do livro: “Antonio Araújo responde a muitas perguntas que me fazem, como, por exemplo, o que é o artista olhar para o próprio processo? Algumas pessoas fazem tal questionamento como se me pedissem uma espécie de autorização: o artista pode estudar seu próprio processo? Ao definir a metodologia de sua pesquisa, ele se coloca de modo bastante cauteloso nesta perspectiva de análise, quanto à organização dos documentos e até mesmo ao desenvolvimento de uma dissertação sob essa perspectiva. Comenta, também, a busca pelo tom da pesquisa que evitasse a glamorização do trabalho do artista”.
::: Serviço :::
Lançamento
“A Gênese da Vertigem – O processo de criação
de Paraíso Perdido”, de Antonio Araújo”
Dia: 12 de dezembro de 2011, das 19h às 22h
Local: Livraria da Vila – Alameda Lorena, 1731, piso térreo.
Tel: (11) 3062- 1063
Editora: Perspectiva
Preço: R$ 48,00
Número de páginas: 272