A Casa Andrade Muricy (CAM) recebe novas exposições a partir de 14 de julho (quinta-feira): “Direitos Humanos, imagens do Brasil” e a coletiva de André Rigatti, Dach e Laerte Ramos. A primeira, com 60 imagens jornalísticas marcantes e inéditas que revelam a história da luta pela conquista dos Direitos Humanos no Brasil, tem curadoria de Denise Carvalho e textos do historiador e jornalista Gilberto Maringoni.
Inaugurada em Belo Horizonte no ano passado, em 10 de dezembro (Dia Internacional da Luta pelos Direitos Humanos), a mostra é fruto do livro homônimo lançado na mesma ocasião, com apresentação do então Ministro da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República, Paulo Vannuchi.
De acordo com Vannuchi, tanto a mostra quanto o livro buscam “fortalecer o chamado direito à memória e à verdade, seja no Brasil, seja em países vizinhos que viveram, como nós, entre os anos 1960 e 1980, graves interrupções da vida institucional, com a instalação de ditaduras mantidas à custa do terror de Estado, da censura e da intolerância”.
Linhas, cerâmica e vídeo
A coletiva inédita de André Rigatti, Dach e Laerte Ramos não segue uma temática específica, apesar de apresentar pontos em comum que poderão ser percebidos no decorrer da exposição. A ideia é apresentar o que faz parte da história de cada um, sem se limitar a um único tema.
Em conjunto, os expositores optaram por não escolher um título para a mostra. “O intuito é fixar a identidade do artista, por isso resolvemos deixar os próprios nomes”, comenta Rigatti.
Os desenhos de Rigatti, feitos em colagem sobre papel, destacam-se apenas por uma sutil diferença de textura e espessura. São linhas brancas aplicadas sobre o fundo branco, com poucos fragmentos de cores. As suaves linhas de vinil descrevem percursos, ocupam o espaço, demarcam territórios, experimentam cartografias. São dez trabalhos produzidos entre 2007 e 2010.
Idealizada por Dach, Re-existência é formada por uma instalação de vídeos com projeções em tamanho real em que diferentes personagens vão emergindo na terra. Segundo o artista, “trata-se de uma tentativa de trazer à tona o resgate de si próprio em uma situação ou a busca pelo renascer contínuo”. Os vídeos, montados em fotossequência, foram produzidos em diferentes cidades do Sul do Brasil, passando pelos estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina neste ano.
Já o projeto Antiderrapante, produzido no período de 2010 e 2011 por Laerte Ramos, utiliza uma técnica completamente diferente que beira o hiper-realismo. Ele apresenta uma instalação com cerâmicas expostas pelo chão que instiga a percepção do espectador, já que, convencionalmente, o material utilizado é comum a todos, em peças como azulejos, vasos sanitários, xícaras e utilitários.
::: Serviço :::
Abertura das exposições “Direitos Humanos, imagens do Brasil” e a coletiva de André Rigatti, Dach e Laerte Ramos.
Data: 14 de julho (quinta-feira), às 17h30.
Local: Casa Andrade Muricy (Alameda Dr. Muricy, 915. Centro – Curitiba).
Horários de visitação: de terça a sexta-feira, das 10h às 19h. Sábado e domingo, das 10h às 16h.
Período expositivo: até dia 28 de agosto.
Agendamento para visitas mediadas: (41) 3321 4735.
Entrada franca.