Depois do sucesso da edição realizada em 2007 no Memorial da América Latina, em São Paulo, quando foram recebidos 25 mil visitantes em apenas um mês de mostra, a exposição “Dores da Colômbia” voltou ao País em março, dando início a um percurso que inclui além do Museu Oscar Niemeyer em Curitiba, os espaços da Caixa Cultural Brasília, Rio de Janeiro e Salvador.
A iniciativa reúne 67 obras doadas pelo artista colombiano Fernando Botero ao Museu Nacional da Colômbia entre 2004 e 2005. “Sempre quis trazer essa coleção de volta ao Brasil. O conjunto dessa obra mostra como a arte pode denunciar a violência e propõe uma reflexão sobre a sociedade”, diz a produtora executiva da Aori, Denise Carvalho, responsável pelo retorno da mostra ao País.
As seis aquarelas, 36 desenhos e 25 pinturas, que já percorreram várias cidades européias e latino-americanas, mostram os abusos sofridos pelo povo colombiano como consequência da ação de grupos guerrilheiros, políticos e paramilitares. O conflito que resultou no exílio de 1,5 milhão de colombianos nas últimas décadas é ao mesmo tempo um movimento social que busca as bases para a busca da justiça no país.
Embora retrate uma situação trágica de um período bem determinado, Botero criou as composições com pinceladas de cores vibrantes capazes de atrair e envolver cada vez mais pessoas de todo o mundo no drama colombiano e de outros países que vivem conflitos sociais.
“Dores da Colômbia” dialoga com uma corrente artística que vincula a arte à política. Dentro desse contexto encontramos outros mestres importantes que imprimiram discurso e fatos históricos em suas telas. Francisco Goya, com “Desastres da Guerra” e Pablo Picasso com “Guernica”, recriam a sua maneira, atos cometidos durante períodos de turbulência vividos em seus países.
“Dores da Colômbia” tem curadoria do próprio Museu Nacional da Colômbia, localizado em Bogotá. De acordo com a diretora do Museu, Maria Victoria Robayo, o conjunto se integra ao programa de exposições itinerantes que tem como um de seus objetivos fazer um apelo à consciência para evitar que os horrores da guerra se repitam.
“Botero disse várias vezes que, apesar de não residir na Colômbia há mais de 40 anos, sente-se muito próximo de seu povo. Trata-se de um convite à reflexão sobre as circunstâncias dolorosas que violam os direitos humanos”, explica Maria.
::: Serviço :::
Em Curitiba:
18 de maio – vernissage para convidados
19 de maio a 14 de agosto, no Museu Oscar Niemeyer – Curitiba/PR
Rua Marechal Hermes 999, Centro Cívico
(41) 3350-4400
Terça a Domingo de 10h às 18h
Valores:
R$4,00 adultos – R$2,00 estudantes – menores de 12 e maiores de 60 anos a entrada é gratuita
Primeiro domingo de cada mês – entrada gratuita
Classificação livre
No Rio de Janeiro:
05 de setembro de 2011 – vernissage para convidados
06 de setembro a 30 de outubro, na CAIXA Cultural
Av: Almirante Barroso, 25 Centro
(21) 2544-4080
Terça a Sábado, das 10h às 22h: Domingo das 10h às 21h
Classificação livre
Entrada franca
2012
Em Salvador
Abertura: 12 de junho.Aberta ao público: de 13 de junho a 27 de julho de 2012 – Caixa Cultural.
Rua Carlos Gomes, 57 – Centro
071 34214200
Classificação livre
Entrada francaRealização: Aori Produções Culturais
Apoio: Avianca e Associação dos Amigos do Museu Nacional da Colômbia
Patrocínio: Caixa Econômica Federal