Dirigido por Marco Dutra, produzido pela RT Features e com distribuição da Vitrine Filmes, QUANDO EU ERA VIVO é um longa que fala sobre complexas relações familiares e a impossibilidade de recuperar o passado, sob um inusitado viés de suspense.
O filme é baseado no livro A arte de produzir efeito sem causa (Companhia das Letras) de Lourenço Mutarelli, um dos mais sólidos autores brasileiros contemporâneos. Tanto o texto quanto o filme carregam o tom sombrio e opressivo da obra do autor, que recebe influências de Kafka e Dostoiévski. A editora Companhia das Letras preparou uma versão digital do livro, acrescida do roteiro adaptado, que será lançada agora em janeiro; e também levará as livrarias uma nova reimpressão da última edição de “A arte de produzir efeito sem causa”.
O diretor Marco Dutra conta que leu a obra completa de Lourenço Mutarelli ao trabalhar como roteirista na adaptação para o cinema de um de seus quadrinhos mais antigos. O diretor se interessou especialmente por A arte de produzir efeito sem causa. Então, em 2011, o produtor Rodrigo Teixeira, a quem este livro de Mutarelli é dedicado, o chamou para iniciar a empreitada que os levaria à QUANDO EU ERA VIVO.
Marco levou cerca de quatro meses para escrever a adaptação, junto com a co-roteirista Gabriela Amaral Almeida. Nas primeiras semanas, estudaram os temas e a estrutura do livro, para depois buscar “um esquema dramático equivalente, mas nunca ‘igual’”, segundo ela. O diretor e roteirista de QUANDO EU ERA VIVO concorda que “é preciso entender bem o que define o DNA da obra-base para levá-la para o outro meio, e não apenas copiar o que já foi escrito”.
O elenco de QUANDO EU ERA VIVO conta com nomes como Antonio Fagundes, Sandy Leah e Marat Descartes, este cada vez mais consolidado como um dos grandes atores do cinema nacional contemporâneo – ele trabalhou anteriormente com Marco Dutra e Juliana Rojas em “Trabalhar Cansa” (2011) e no curta “Um Ramo” (2007), e ganhou o Kikito de Melhor Ator no 40o Festival de Gramado, em 2012, por sua atuação no longa “Super Nada”.
Segundo o produtor do filme, Rodrigo Teixeira,
A sugestão de Fagundes para o papel de Sênior partiu da esposa de Mutarelli, Lucimar, também escritora. Lourenço já teve outros dois livros adaptados para o cinema pela RT Features, e ficou muito impressionado com o primeiro longa-metragem de Marco Dutra, “acho Trabalhar Cansa um filme incrível. Sei que QUANDO EU ERA VIVO é uma adaptação. Conheço as diferenças entre o livro e o roteiro, estou curioso.”