Com uma atmosfera de contos orientais, o espetáculo Os Vivos e os Mortos, escrito por Kiko Marques a partir do conto homônimo do indiano Rabindranath Tagore, reestreia dia 05 de abril de 2013, às 20h30 no Viga Espaço Cênico. A peça traz para o palco a premiada atriz Flávia Pucci no papel da mulher que mesmo morta, pensa estar viva. Em cena, ao vivo, Andrea Prior canta e dança acompanhada de vários instrumentos musicais indianos, ao lado do elenco composto por Kiko Marques, Inês Aranha, Ruy Andrade, Luiz Eduardo Frin, Tieza Tissi, Thiago Carvalho, Mateus Menezes e Flávio Quental.
Os diferentes espaços físicos da narrativa são construídos e desfeitos pelos próprios atores diante do público, auxiliados pela trilha além do espetáculo trazer aos palcos a cantora indiana Ratnabali, formada na Universidade Tagore, que canta e toca ao vivo, conduzindo a plateia a uma viagem cultural e de costumes ao país de Gandhi.
Sinopse
A peça ambientada na Índia da década de 40, conta a história de Kadambini uma mulher sem marido ou filhos, que se sente muito mal ao receber uma triste notícia e é dada como morta. Após os rituais é carregada até o campo de cremação. Entre os carregadores está Scripati, homem simples e de coração puro, que crê firmemente na possibilidade dos mortos retornarem ao mundo dos vivos. Pouco antes de ser cremada, Kadambini acorda. Ela passa então a viver como se de fato não pertencesse mais a este mundo, tentando encontrar um sentido para ainda estar entre os vivos.
Sobre Rabindranath Tagore
Nascido numa família abastada, teve uma educação tradicional. Estudou direito na Inglaterra entre 1878 e 1880. Retornou à Índia e passou a administrar as propriedades rurais da família. Cedo manifestou sua vocação poética. Seus primeiros versos foram reunidos nos livros “Canções da Noite” e “Canções da manhã”. Escrevendo em língua bengali, Tagore experimentou depois quase todos os gêneros literários. Publicou poemas, contos, romances e ensaios. Seus versos têm um tom de cativante humanidade e atraem pela mensagem universal. Em 1901, Tagore fundou uma escola de filosofia em Santiniketan. Escreveu poemas místicos entre 1902 e 1907, tocado pela morte da esposa e de dois de seus filhos. Alguns desses poemas estão coligidos em sua obra mais conhecida, “Oferenda Lírica”, publicado em 1910. A repercussão internacional dessa obra lhe valeu a indicação para o Prêmio Nobel de Literatura, recebido em 1913. Dois anos depois, recebeu o título de cavaleiro britânico. Rabindranath Tagore tornou-se um escritor de prestígio e passou a receber convites para palestras e encontros em diversos países. Em 1919, renunciou ao título de Sir, em protesto à política inglesa em relação à Índia. A partir de 1921, Tagore passou a divulgar o ensino da Universidade Internacional de Visva-Bharati, que ajudou a fundar. A atuação pública de Tagore foi um fator grande da aproximação entre a cultura ocidental e a oriental. Tagore chegou a ser aclamado por Mahatma Gandhi como “o grande mestre”. Rabindranath Tagore faleceu em Bengala, aos 80 anos.
Temporada: de 05 de abril a 2 de Junho de 2013
Sextas às 21h30, sábados às 21h e domingos às 19h
Viga Espaço Cênico
Endereço: Rua Capote Valente, 1323, Pinheiros, São Paulo, SP
Capacidade: 74 lugares
Ingressos: R$30,00 (inteira)/ R$15,00 (meia entrada)
Duração: 80min
Recomendação: 12 anos
Informações: (11) 3801-1843/ www.viga.art.br
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