Workshops gratuitos com o dramaturgo Francisco Carlos no Aliança Francesa

Autor e diretor de espetáculos como Jaguar Cibernético, Banana Mecânica e Namorados da Catedral Bêbada, Francisco Carlos promove um ciclo de workshops gratuitos no teatro Aliança Francesa sobre os temas “A função social da guerra na sociedade tupinambá” – livro de Florestan Fernandes e, “Esfinge tupi” – texto do dramaturgo. Os workshops são destinados a estudantes de artes cênicas, atores, jornalistas e profissionais de teatro.

Workshops

Dia 18 de agosto, às 15hs (sábado)
Duração: 3h
Palestra desconstruída-workshop sobre o livro ”A FUNÇÃO SOCIAL DA GUERRA NA SOCIEDADE  TUPINAMBÁ” de Florestan Fernandes ilustrada com projeções das gravuras dos livros de relatos de viagem de Hans Staden mais jogos de guerra tupinambá cênicos, segundo modelo bricolage em Levi  Strauss e Max Ernest.

Dia 01 de setembro, às 16h
Leitura e jam session do “Esfinge Tupi”, texto de Francisco Carlos com elenco + Dj Kleber Nigro

Sobre “Relatos Canibais”

São encontros promovidos pelo dramaturgo Francisco  Carlos juntamente com atores, técnicos e criadores que fazem parte de seus projetos teatrais, além de artistas, teóricos e cientistas convidados, com os seguintes objetivos:

1.    Aprofundar os debates (temas e linguagens artísticas) especificamente o “canibalismo tupinambá” que envolveram a montagem do projeto da trilogia canibal “Jaguar Cibernético”.

2.    Aprofundar estudos sobre canibalismo tupinambá mergulhando na obra de Florestan Fernandes “A função social na sociedade tupinambá” e fontes tupis, como: crônicas do século XVI e XVII e debater os campos da história e etnografia, sobre o papel central e fundamental – status e prestígio – da mulher tupinambá, nas sociedades tupis dos séculos XVI e XVII.

3.    Criar encontros e debates cênicos, que são documentados em vídeo, em comemoração aos 90 anos da Semana de Arte de 22 e discutir propostas antropofágicas de Oswald de Andrade – os modos como explorou e deixou em aberto às teorias da fonte tupi e como já indicava um dos procedimentos mais debatidos atualmente por indígenas, antropólogos, artistas e pensadores: a chamada reindigenização da cultura brasileira e do país.

Sobre Francisco Carlos

Dramaturgo amazonense com mais de quarenta peças escritas, Francisco Carlos dirigiu shows musicais, concertos de canto lírico, vídeo e óperas e experiências multimídias. Ministrou workshops de expressão cênica para cantores líricos do Coral Paulistano e Coral Lírico do Teatro Municipal de São Paulo e do Coral Sinfônico do Estado de São Paulo. Estudou filosofia na Universidade do Amazonas e aplica esses conheci­mentos em processos de invenção para teatro poético-filosófico.

Realizou aventuras teatrais em Manaus, Belém, Brasília, Rio de Janeiro e atualmente em São Paulo, com a concretização da “Mostra de Fenômenos Urbanos Extremos” com três peças de sua autoria culminando com a indicação ao Prêmio Shell de Teatro (SP) de melhor autor no primeiro semestre de 2010.

Na composição de sua estética teatral dialoga e parodia constantemente com outras áreas artísticas e outras atividades: música, dança, cinema, vídeo, ópera, performance, happenings, história em quadrinhos, fotografia, moda, esportes, artes marciais, publicidade, cibérnetica e artes plásticas. Atualmente, a dramaturgia de Francisco Carlos está dividida em dois blocos temáticos:

Peças do Pensamento Selvagem

As peças do Pensamento Selvagem versam sobre os seguintes temas indígenas: modos como as sociedades indígenas são construídas e concebidas; ritos de iniciação masculino e feminino e de nascimento, religiões e cosmologias ameríndias, nominação, casamento, morte; arte e cul­tura indígena, pinturas corporais, tatuagens e piercings, catequese católica, conversão e resistência indígena, xamanismo, o devir-Jaguar, alteridade, hospitalidade canibal, exotismo radical, canibalismo, relações interét­nicas, índio tecnológico, conflitos entre índios e brancos, guerras, drogas indígenas e religiosas, cosmologias ameríndias –  tendo como referência etnográfica a antropologia estruturalista de Claude Lévi-Strauss na conexão Max-Ernest.

Peças das Culturas do Progresso

As peças das Culturas do Progresso abordam os fenômenos extremos da modernidade, fundamentalmente urbanos e que Walter Benjamim identificou na modernidade das “Flores do Mal”, de Baudelaire, fenômenos amorosos, sociais, políticos e filosóficos que acontecem nas metrópoles por conta da superpopulação das grandes cidades e seus instrumentos cosmopolitas: dinheiro, templos do comércio, templos das artes, tem­plos religiosos, comunicação de massa (TV, rádio, jornais, internet, etc.), violência urbana, bancos, economia, lutas de classe, sexualidade, lugares de divertimento, esportes, shoppings, hospitais, sistemas judiciários, tec­nologias-informáticas, arquitetura, ciências, modas, universidades, show bizz etc.

Teatro Aliança Francesa

Desde sua criação em 1964, o Teatro Aliança Francesa destacou-se como um espaço de encontros intelectuais e artísticos entre a França e o Brasil, revelando importantes nomes da dramaturgia brasileira e acolhendo grandes escritores franceses como Eugène Ionesco. Reinaugurando o seu teatro reformado, a Aliança Francesa tem como objetivo oferecer ao público uma programação aberta às diversas linguagens artísticas, de abrangência local e internacional, participando também da revitalização da região central de São Paulo.

Sobre a Aliança Francesa

Criada em 21 de julho de 1883 por um comitê de personalidades como  Paul Cambon, Ferdinand de Lesseps, Louis Pasteur, Ernest Renan, Jules Verne e Armand Colin, a Aliança Francesa é uma instituição sem fins lucrativos cujo principal objetivo é a difusão da língua e da cultura francesa fora da França. Para tanto, promove o ensino do francês como língua estrangeira e concede certificados específicos de proficiência e conhecimento linguísticos. A rede da Aliança Francesa compreende escolas na França para a recepção de estudantes estrangeiros e cerca de 1000 estabelecimentos instalados em 130 países, onde estudam cerca de 500 mil pessoas.

SERVIÇO
Workshops com o dramaturgo Francisco Carlos
Teatro Aliança Francesa
Endereço: Rua General Jardim, 182 – Vila Buarque
Tel.: (11) 3017-5699 – Ramais 5602 / 5608 / 5617
Café Douce France
De segunda a sexta, das 9h às 21h. Sábados das 8h às 13h e durante os espetáculos.
Tel.: (11) 4003.1212

Bilheteria

Horário de funcionamento: Sexta e  sábado, das 16h às 20h, somente nos dias de espetáculo
Acesso a PNE
Ar condicionado
Wi-fi grátis
Estacionamento conveniado em frente ao teatro: R$15,00 (por 4h)

*As informações são de responsabilidade de seus organizadores e estão sujeitas a alterações sem aviso prévio.

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