Como lembrar de uma memória que está se esvaindo? Como lembrar de pessoas que já morreram? O esquecimento, ao invés de processo doloroso, pode ser encarado como a possibilidade de inventar uma memória. Esta é a temática que motivou o texto e o tom da encenação da peça Relicário Inventado.
E é neste pensamento que reside também o diferencial do espetáculo: é possível observar a memória como tentativa de experiência. O passado não é um dado inerte a partir do que se lembra ou esquece, e sim é visto como um exercício de invenção. Nesse contexto proposto, as relações entre os personagens vão se revelando ao longo do espetáculo através de cenas fragmentadas, apontando a interpolação entre lembranças vividas e inventadas.
Um garoto, Ícaro, tenta recordar como eram a mãe e a namorada que perdeu. Para isso, conta com o auxílio de Ulisses. Aos poucos Ícaro percebe que as memórias de sua mãe, Joana, e de sua namorada, Clarissa, atravessam a história, para além dele. Entre cenas fragmentadas que mesclam lembranças e momentos imaginados, Ícaro, Joana, Clarissa e Ulisses tentam superar as dores de suas perdas.
::: Serviço :::
Viga Espaço Cênico
Endereço: Rua Capote Valente, 1323 – Pinheiros – São Paulo – SP
(11) 2122-4070
Temporada: 22 de novembro a 15 de dezembro
Horário: Terça e quinta 21h
Gênero: Drama
Preço: R$ 30,00
Classificação: Não recomendado para menores de 12 anos.