Companhia de dança JP Move comemora 18 anos com temporada do espetáculo Que se funk

Completado 18 anos de uma importante trajetória no trabalho com jovens da periferia carioca, a companhia de dança JP Move, dirigida por Michel Cordeiro, inicia nova temporada do premiado espetáculo Que se funk em abril e maio. As apresentações passarão pela Arena Dicró, na Penha (7 e 8 de abril), pelo Teatro Arthur Azevedo, em Campo Grande (de 27 de abril a 1 de maio) e pela Arena Carioca Jovelina Pérola Negra, na Pavuna (6 de maio). Um dos trabalhos vencedores do Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2015, Que se funk leva à cena a musicalidade, corporeidade, a moda e o dialeto do movimento funk e as conexões que os indivíduos estabelecem com os espaços da cidade. A atual temporada tem o patrocínio da Secretaria Municipal de Cultura através do edital Viva Arte.

Há dois anos, Que se funk marcou a transformação do projeto social JP Move em uma companhia de dança profissional, premiada em seu trabalho de estreia. “O espetáculo começou a tomar forma como trabalho de conclusão da minha graduação em dança pela UFRJ”, lembra Michel Cordeiro. ”Estudei temas como o tribalismo e a urbanidade e quis unir esses conceitos na dança. Pesquisei de que forma o tribalismo dos anos 80 e 90, que consistiu na busca pela afetividade na formação de pequenos grupos, poderia se cruzar com a ideia do crescimento frenético da cidade”.

Para a construção do espetáculo, foi feita uma minuciosa pesquisa que envolveu ambientalização, vestimentas e musicalidade da cidade do Rio de Janeiro, com ênfase no subúrbio. As cenas são inspiradas nos bailes, nos encontros joviais e nos signos do movimento funk, que recodificou a “ginga carioca”.

“O corpo e o movimento declaram suas vivências, ideias criativas e dinâmicas a respeito da cultura, que teve que se reinventar várias vezes para sobreviver em meio ao preconceito e  censura, impostos pela sociedade e pelo Estado que tanto desejaram a extinção da maior manifestação jovem do país”, defende Michel. “Representando essas manifestações, as danças urbanas se apropriam dos diversos espaços culturais da cidade, entre eles teatros, cinemas e praças públicas, para nutrir a espontaneidade e a criatividade. Diversas cenas de Que se Funk foram inspiradas no ‘Passinho do menor favela’, uma nova dança surgida nas ruas”.

SERVIÇO
Que se funk
Data: 7 e 8 de abril
Horário: 20h
Arena Carioca Carlos Alberto de Oliveira – Dicró
Endereço:
Parque Ary Barroso, Penha
Tel.: (21) 3486-7643

Data: 27, 28, 29, 30 de abril e 01 de maio
Horários: dia 27, às 14h. De 28 a 30, às 21h, e dia 1º de maio, às 20h
Teatro Arthur Azevedo
Endereço:
Rua Vítor Alves, 454 – Campo Grande
Tel.: (21) 2332-7516

Data: 6 de maio
Horários: 14h e 19h30
Arena Carioca Jovelina Pérola Negra
Endereço:
Praça Ênio, s/nº Pavuna
Tel.: (21) 2886-3889
Preço: R$ 10 (inteira) | R$ 5 (meia)
Duração: 50 minutos
Classificação Indicativa: Livre

*As informações são de responsabilidade de seus organizadores e estão sujeitas a alterações sem aviso prévio.

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