Com obras de Debussy, Mussorgsky e Dvořák, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais apresenta mais uma dobradinha de concertos das séries Sinfônica em Concerto e Sinfônica ao Meio-dia. As composições românticas do século XIX marcam uma retomada da OSMG ao repertório clássico. “É uma preocupação da Orquestra explorar toda a sua potencialidade e também oferecer ao público um repertório variado. Estamos explorando o repertório romântico e nacionalista europeu”, explica o maestro Marcelo Ramos.
Ainda segundo o Maestro, a Série Sinfônica ao Meio Dia terá um caráter mais informativo, com momentos em que serão feitas breves explicações sobre o programa e as peças envolvidas. “Esse é o primeiro evento da série que eu vou reger. E foi uma grata surpresa para todos nós perceber o alcance desse projeto”, comenta o maestro.
Nesta edição, a literatura e o folclore ocupam um lugar especial, como fonte de inspiração para os compositores. O concerto tem início com o prelúdio “A tarde de um fauno”, de Debussy. A composição é baseada em poema homônimo de Mallarmé, considerado um marco do simbolismo francês e um dos principais escritos na língua francesa. O Fauno, divindade da mitologia romana que é metade homem e metade bode, é o personagem principal do poema e o uso da flauta é inserido na composição em sua homenagem. O Semideus é conhecido por sua relação com as plantas e a natureza. A obra de Debussy se tornou um marco na história da música, sendo considerada o marco inicial do período modernista.
O concerto segue com a composição Noite no Monte Calvo, e invoca a celebração russa do Dia das Bruxas, comemorado normalmente entre os dias 23 e 25 de junho. A obra é amplamente conhecida pelo público por integrar o filmeFantasia, de Walt Disney. O programa da peça se baseia nas lendas sobre a noite das bruxas, em que acontecem rituais, danças, festas e sacrifícios. De acordo com o maestro Marcelo Ramos, Mussorgsky consegue transmitir toda essa agitação em efeitos orquestrais.
A apresentação é encerrada com a Sinfonia nº 8 de Dvořák. A composição utiliza um recurso de progressão da tonalidade menor para a maior (escuro/claro). “Essa é uma estratégia usada por compositores como Beethoven e Brahms, que transporta o ouvinte de um ambiente soturno para algo alegre, buscando mostrar a redenção, o caminho para alegria e vitória”, explica o maestro. A sinfonia tem um caráter pastoral, pois se utiliza de temas que remetem à música folclórica tcheca.
Data: 28 de abril
Horário: 12h
Local: Grande Teatro Palácio das Artes
Endereço: Av. Afonso Pena, 1537 – Centro
Entrada Gratuita
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