Com uma semana de antecedência à estreia, o público poderá conferir trechos da ópera Rigoletto, de Giuseppe Verdi, nova montagem operística da Fundação Clóvis Salgado, com Direção Musical de Marcelo Ramos e Direção Cênica de André Heller-Lopes. A Orquestra Sinfônica, o Coral Lírico de Minas Gerais e solistas convidados antecipam parte da apresentação no dia 12, em concerto gratuito, no Parque Municipal. A regência é do maestro Marcelo Ramos.
Rigoletto é a ópera que deu início à reputação internacional do compositor Giuseppe Verdi (1813-1901). Em síntese, é uma história de corrupção política e moral em que todos são vilões e sentem na pele o resultado amargo de suas transgressões. Três personagens dominam a cena na ópera de Verdi: o corcunda e bobo da corte Rigoletto, o aristocrata galanteador Duque de Mântua e a filha de Rigoletto, apaixonada pelo Duque, Gilda. Uma trágica maldição lançada pelo Conde Monterone sobre Rigoletto, quando este zombou de sua dor com a desonra da filha, é o pano de fundo da história. Esta maldição assombra Rigoletto desde o início da trama, indo concretizar-se ao final, de maneira trágica.
UM PANORAMA DE RIGOLETTO
No concerto de domingo, o público conhecerá 11 canções que integram os 3 atos da obra de Giuseppe Verdi, com a participação dos solistas convidados, as sopranos Lina Mendes e Danielle Rocha, no papel de Gilda, e Denise de Freitas, como Maddalena; os tenores, Jean Nardoto, interpretando o Duque de Mântua, e Thiago Soares, no papel de Matteo Borsa, além do barítono Rodolfo Giugliani, interpretando Rigoletto, o personagem principal, e o baixo Mauro Chantal, como Sparafucile. De acordo com o maestro Marcelo Ramos, as músicas escolhidas retratam diversos momentos do enredo e traçam um panorama da ópera.
A participação dos solistas convidados exige da orquestra uma dinâmica diferente. O grande desafio, segundo Marcelo Ramos, é o equilíbrio entre as vozes e a orquestra. “A grande questão de uma ópera bem feita é não deixar a orquestra se sobrepor às vozes, mas Verdi já escreve suas obras de forma a facilitar o trabalho do maestro nesse sentido”, pontua. Na produção da Fundação Clóvis Salgado, a ópera será retratada conforme enredo original, em três atos.
Entre as peculiaridades de Rigoletto, Marcelo Ramos chama a atenção para a valorização das vozes graves. “Os compositores, até a época de Verdi, valorizaram muito os tenores e os sopranos. Verdi muda isso e dá papéis importantes para o baixos e os contraltos. Em Rigoletto, ele ousa ainda mais e coloca um barítono como personagem principal”, exemplifica o regente.
RIGOLETO EM BELO HORIZONTE
Na capital, completam a montagem o cenográfo Renato Theobaldo; a figurinista Sofía Di Nunzio; e a iluminação de Fábio Retti. Solistas convidados se revezam nos papeis principais e se apresentam ao lado da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, do Coral Lírico de Minas Gerais e da Cia de Dança SESIMINAS.
Data: 12 de outubro
Horário: 10h
Evento: Concertos no Parque
Local: Parque Municipal Américo Renné Giannetti
End.: Av. Afonso Pena, 1.537 – Centro – Belo Horizonte/MG
Entrada Gratuita
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