Teatro “Ana Luisa Lacombe” estreia novo infantil: “As Três Penas do Rabo do Grifo”

As histórias são como tecidos, bordados, com cruzamentos de linhas e motes, e o acabamento da obra, depois de feita, demonstra o quão preciosa é a peça, o trabalho. Ana Luisa Lacombe, atriz premiada por seus inúmeros voltados ao público infantil e infanto-juvenil, volta aos palcos com um novo espetáculo: As Três Penas do Rabo do Grifo, com estreia marcada para o dia 5 de abril de 2014 no Teatro Sergio Cardoso, sala Paschoal Carlos Magno, na Bela Vista, São Paulo.

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Para escrever essa dramaturgia – juntamente com o também premiado autor Paulo Rogério Lopes – Ana Luísa recorreu à memória, pois foi da boca de sua mãe que ouviu pela primeira vez essa história, quando ainda era bem pequena. Mas foi sua bisavó Nita quem mesclou referências da literatura (dos irmãos Grimm e dos folcloristas alemães Ignaz e Josef Zingerle) e legou a essa geração de mulheres a arte de transmitir histórias e, aliado a esse dom, a maestria em ter as mãos ocupadas com lãs, linhas e agulhas.

Ana Luisa Lacombe tem a certeza, ao criar esse novo espetáculo, que o poder de fazer coisas belas com as mãos está intrínseco em sua genealogia – sua avó se dedicou às aquarelas e sua mãe a criar jogos artesanais – e agora ela transforma história, tricôs, bordados, tapeçarias e costuras em espetáculos.

As Três Penas do Rabo do Grifo nasceu da somatória de várias histórias. Sobre a origem do mote, Ana Luísa relata o caminho percorrido: “Quando virei contadora de história, fui pesquisar a origem do que ouvi de minha avó, que por sua vez ouviu de sua mãe. Descobri que este era um conto de Grimm e que minha bisavó havia misturado duas histórias com estrutura semelhantes, mas com algumas diferenças: O Grifo e Os Três Cabelos do Diabo, ambas dos irmãos Grimm”. Ana Luísa, inventiva, achou um terceiro conto e acrescentou ao caldeirão de ideias para o texto da peça. “Para fazer a dramaturgia fui atrás de várias versões dos dois contos e achei um terceiro chamado “As Penas do Rabo do Dragão”, que se assemelhava muito ao Grifo, mas trazia outros elementos. Junto com o Paulo Rogério Lopes pusemos tudo isso num caldeirão, mexemos, e acrescentamos coisas nossas, que fomos criando ao longo do processo, e daí surgiu ‘As Três Penas do Rabo do Grifo’”.

Além de ter a direção e dramaturgia de Paulo Rogério Lopes, parceiro de outros espetáculos de Ana Luísa, o espetáculo tem canções originais de Jean Garfunkel e trilha incidental, sonoplastia e percussão de Betinho Sodré. Marcos Botassi traz sua arte para o cenário, Leila Garcia fez a preparação corporal da atriz e Ari Nagô ilumina tudo isso.

Ana Luisa Lacombe está à frente do trabalho realizado na Casa Faz e Conta, sede de seu grupo, que desde 2003 tem produzido várias montagens premiadas e tem realizado narrações de histórias, cursos e saraus em sua própria sede, em espaços culturais e escolas.

Sinopse
Um rapaz tolo e bom, João, consegue salvar a vida da princesa dando-lhe uma maçã que cura sua doença. Mas o rei não quer entregar a mão da filha para um João Ninguém. Impinge tarefas ao menino que, com a ajuda de um anãozinho, vai conseguindo cumpri-las. A última e mais difícil é conseguir três penas do rabo do grifo, monstro terrível devorador de gente. Ele sai em busca das penas e conhece pessoas pelo caminho a quem promete ajudar trazendo as respostas dadas pelo grifo para seus problemas.

Quando chega na casa da fera é recebido pela criada do animal que o acolhe. Ela o ajuda a pegar as penas e a responder as questões dos seus amigos.

Ele volta vitorioso e ajuda a todos no caminho, recebendo belas recompensas, chegando rico ao palácio. Depois de o rei titubear, a princesa o obriga a cumprir a palavra. João finalmente casa-se com a princesa e vivem felizes para sempre.

Faz e Conta

O Faz e Conta, criado em 2003, é fruto da experiência profissional de mais de 30 anos da atriz Ana Luísa Lacombe como produtora, atriz, figurinista e aderecista nas dezenas de espetáculos nos quais participou. A intenção de Analu ao criar o Faz e Conta é a de aliar recursos teatrais, musicais e objetos à narrativa do contador de histórias. A ideia é valorizar a palavra e sua musicalidade para que a história seja apresentada.

O Faz e Conta tem em seu núcleo criativo, além da diretora artística Ana Luísa Lacombe, Gustavo Trestini, Simoni Boer, Paulo Rogério Lopes e Betinho Sodré. Nesses mais de dez anos, além das inúmeras narrações de histórias, Faz e Conta montou os seguintes espetáculos:

“Fábulas de Esopo” (infantil) – Prêmio APCA Melhor atriz 2003, três Indicações para o Prêmio Coca-cola Femsa (Melhor Espetáculo, Melhor Texto e Melhor Atriz).

“Lendas da Natureza” (infantil) – Prêmio APCA de Melhor Atriz 2006 e Prêmio Femsa Coca-cola Melhor Atriz 2006, Festival Nacional de Teatro de Americana (Melhor Espetáculo, Melhor Direção, Melhor Atriz), Indicações para o Prêmio Femsa Coca-cola (Melhor Espetáculo).

“O Conto do Reino Distante” (infanto-juvenil) – Prêmio APCA de Melhor Atriz 2008, Ganhador do Edital de Montagem inédita realizado pela Secretaria de Estado da Cultura, Prêmio APCA Melhor Atriz 2008, Finalista dos Prêmios Femsa Coca-Cola de Melhor texto e Melhor Atriz , Indicado para o Prêmio Cooperativa Paulista de Teatro como Melhor Texto.

“Canções do Faz e Conta” (show musical)

Criado para lançar o CD de mesmo nome que foi ganhador do edital da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo de Gravação do primeiro CD 2012.

FICHA TÉCNICA

Idealização Ana Luísa Lacombe
Texto Ana Luísa Lacombe e Paulo Rogério Lopes
Direção Paulo Rogério Lopes
Trilha original, sonoplastia e percussão Betinho Sodré
Canções originais Jean Garfunkel
Preparação Corporal Leila Garcia
Criação do Cenário Paulo Rogério Lopes, Ana Luísa Lacombe
Design do Cenário, pinturas e adereços Marcos Botassi
Figurinos Ana Luísa Lacombe
Desenho de Luz Ari Nagô
Costureira Judite de Lima
Assistente de Direção Suzana Rebelov
Produção executiva Gabriella Reis
Fotos Flavio Moraes
Assessoria de Imprensa Canal Aberto
Realização Faz e Conta

SERVIÇO
Teatro “Ana Luisa Lacombe” estreia novo infantil: “As Três Penas do Rabo do Grifo”
Teatro Sergio Cardoso – Sala Paschoal Carlos Magno
Estreia dia 05/04 sábado às 16 horas
Temporada aos sábados e domingos às 16 horas até dia 1/06/2013
(com exceção dos dias 3 e 4/05 quando não haverá apresentações)
Tempo de duração: 50 minutos
Ingresso: 30 reais e 15 reais (meia)

*As informações são de responsabilidade de seus organizadores e estão sujeitas a alterações sem aviso prévio.

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