Barbra Streisand | Conheça o disco Release Me, último disco de inéditas da cantora

A Frequência Não Modulada de hoje será sobre a Barbra Streisand. Em especial, sobre o último lançamento dela, de outubro do ano passado. E mesmo cinco meses depois, não é pauta atrasada, porque esse disco é um primor e discos primorosos e bem produzidos nunca soarão atrasados. Apenas.

Release Me

Lançado em vinil em 25 de setembro e em CD em 9 de outubro, Release Me é um disco especial. Tanto pra Barbra como para os fãs. Trata-se de 11 interpretações inéditas escolhidas (cuidadosamente) pela própria cantora jamais lançadas em discos passados. Sim, desculpe o pleonasmo. É que quando eu digo inéditas… são inéditas mesmo. O título já diz tudo: essas canções, adoradas pela Barbra na época, praticamente pediam: “me lance! me lance!” oh ok.

O legal neste lançamento é o fato das canções terem sido extraídas dos masters originais (exceto duas canções) e com isso podemos notar o cuidado de preservação das faixas e mantê-las exatamente como foram gravadas e mixadas. Barbra ainda disse: “O que me deixa mais feliz é que eu ainda tenho grande afeição por todas essas canções. Eu as adorava na época… e ainda gosto. Escutando-as agora, eu até penso comigo mesma: ‘Essa menina não era nada má’”.

Durante a carreira, Barbra lançou mais de 60 discos. E dentre essas sessões de gravação, muitas músicas foram (injustamente) deixadas de lado pela gravadora e ela resolveu compartilhar apenas 11. Até parece que de todas as master tapes dela só tem isso de inédito. “Vamos lucrar até o fim do século, amiguinhos”. Essa é a verdade. O disco conta com canções retiradas de 1967 até os dias de hoje.

Barbra

Willow Weep For Me, música que ficou fora do disco “Simply Streisand”, de 1967, é a gravação mais antiga do álbum. O arranjo é de Ray Ellis, conhecido pelo seu trabalho com Billie Holiday. Being Good Isn’t Good Enough, do musical “Hallelujah, Baby!” e recentemente regravada por Lea Michele (a Rachel Berry da série Glee) abre o disco com perfeição. A faixa faria parte do “The Broadway Album”, assim como “How Are Things In Glocca Morra? / Heather On The Hill” dos musicais Finian’s Rainbow e Brigadoon.

Destaque também para With One More Look At You, do musical “A Star Is Born”, de 1976, e Home, do musical “The Wiz”. Didnt We, gravada em 1970, seria lançada no disco The Singer, projeto este que foi “abortado” sabe-se lá por qual razão. Agora… destaque mesmo vai pra faixa I Think It’s Gonna Rain Today, de Randy Newman – que toca piano na faixa, por sinal. Para promover o álbum, um clipe foi produzido. Assista abaixo:

Release Me exala a magnitude de Barbra e a naturalidade ao gravar: risadas, comentários, o produtor pedindo “silêncio” e coisas do gênero. Você realmente se sente “ali”, sabe? Aliás, o disco alcançou o 7º lugar na Billboard 200 (chart de álbuns). Nada mal, visto que a maioria dos jovens de hoje não curte esse tipo de música. Como, infelizmente, já ouvi uma menina se referir a Barbra como “música de velório”. Arte é pra ser apreciada. Não adianta empurrar goela abaixo de alguém. É necessário sentir. E nada mais.

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