Crítica | O REINO GELADO

o-reino-gelado-poster-nacional-critica-21fevereiro2013

O Reino Gelado (The Snow Queen)
Direção.: Maxim Sveshnikov, Vlad Barbe
Roteiro.: Vlad Barbe, Vadim Sveshnikov
Gênero.: Aventura, Fantasia
Distribuidora.: Playarte Pictures
Elenco.: Wendee Lee, Erin Fitzgerald, Cindy Robinson, Anna Shurochkina, Christopher Smith, Dmitriy Nagiev, Doug Erholtz, Ivan Okhlobystin, Jessica Straus.
Sinopse.: Desejando criar um novo mundo no qual o vento polar esfrie as almas humanas, a Rainha da Neve cobriu o planeta com gelo e ordenou a destruição de todas as artes. De acordo com as previsões de um espelho mágico, a última ameaça aos seus planos estaria no mestre-vidreiro Vegard, cujos espelhos refletem não apenas a aparência, mas também as almas das pessoas. Então, o vento polar sequestra Vegard e sua esposa Una, deixando seus filhos Kai e Gerda para trás. O tempo passa e os servos da Rainha acabam capturando também Kai, acreditando que o garoto é o sucessor de seu pai. Mas sua irmã Gerda, agora uma garota muito corajosa, não vai deixar isso barato. Embarcando em uma jornada pelo reino, ela vai encarar todos os obstáculos ao lado de seus novos amigos para salvar o irmão e voltar a aquecer os corações das pessoas.

Avaliação.: Recanto-Adormecido-1.0-Estrelas-F.CINZA-v

A animação infantil russa O Reino Gelado chega para tentar ganhar seu espaço entre as grandes produções hollywoodianas do gênero, mas deixa a desejar com um roteiro simples e uma produção mediana.

Se utilizando do 3D o longa é mais uma tentativa falha da utilização da técnica, aliada a uma direção irregular – conduzida pela dupla Maxim SveshnikovVlad Barbe – que não se atenta a continuidade e a profundidade de campo. Até mesmo na técnica de animar podemos ver que a produção volta a falhar, pois muitas das vezes temos a clara impressão de que os personagens estão em slow. Com planos muito bem pensados aonde se movimentam por todo o ambiente, em O Reino Gelado isso já não funciona mais. Pois o que era para dar uma imersão ainda maior ao ambiente, se depara com uma péssima fotografia que não utiliza a profundidade de campo deixando muitas das vezes os ambientes chapados na tela. Isso resulta em cenas que aparentam estar tudo em um mesmo plano.

Com um roteiro inspirado no conto “A Rainha da Neve”, do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen o longa acompanha a história familiar entre os irmãos Kai e Gerda que são separados após a Rainha da Neve ordenar que o vento polar sequestre Vegard e sua esposa Una, deixando seus filhos Kai e Gerda para trás. De forma totalmente didática o roteiro começa a se desenvolver, mesmo sendo algo infantil ele apela nesse sentido. A Rainha da Neve descobrindo a existência do filho de Vegard ordena que troll descubra onde ele está e o traga para ela, de forma absurda o roteiro simplesmente da um pulo temporal de forma nunca vista antes e 13 anos se passam sem serem percebidos de uma cena para outra. Só percebemos isso novamente, com um diálogo didático utilizado pelo troll, aonde menciona estar 13 anos procurando o garoto.

Não bastasse um roteiro superficial, ainda somos deparados com diversos personagens que entram e saem da trama sem acrescentar nada e sem carisma algum, nem mesmo os personagens principais possuem algum carisma, o único que pode ser lembrado que dá um tom cômico para a trama é o próprio Troll que diverte mas não encanta.

O Reino Gelado conta ainda com uma fotografia opaca, sem cor e sem vida que não favorece a utilização do 3D. O longa que tem um orçamento bastante enxuto para o gênero – estimado na casa dos $7 milhões – não passa de uma tentativa ou mesmo um projeto experimental.

6 Replies to “Crítica | O REINO GELADO”

  1. Pelo trailer aparenta ser tão bonito. Tenho visto a critica não falando muito bem, então estou balançado, só assistindo pra ver!

  2. primeiro,o desenho era só sem cor e sem vida por que era um lugar triste.
    segundo,na minha opinião estão falando isso por que o desenho não é da disney nem da dreamworks.
    então pra mim vale a pena assistir por que o filme tem uma história muito interessante.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *