Guinga e Teresa Cristina participam de encontro no CCBB RJ

No início do século XX o samba, assim como o candomblé, ainda era estigmatizado pelas elites do Brasil pós-escravocrata. Para falar sobre esse gênero musical, inicialmente discriminado e até criminalizado, que acabou por se transformar em uma de nossas maiores manifestações culturais, o CCBB reúne, no dia 22 de maio, a partir das 18h30, o instrumentista e compositor Guinga e a cantora Teresa Cristina, no debate “Desde que o Samba É Samba”, do ciclo Sarau de Ideias – Da Semana de 22 ao Mangue Beat.

O público poderá participar fazendo perguntas aos debatedores ou mesmo apresentando músicas ou poesias relacionadas ao tema. A mediação do encontro é do músico Charles Gavin.

Sarau de Ideias acontece mensalmente até novembro e tem por objetivo discutir alguns dos principais movimentos e manifestações culturais ocorridos no Brasil, no século XX, como a Semana de 22, a Bossa Nova, o Concretismo, a Tropicália, a Poesia Marginal, a cultura Hip-Hop, o Mangue Beat.

Com mediação dividida entre Gavin e o jornalista Mauro Ventura, os encontros reúnem artistas e intelectuais de projeção nacional e estão abertos a todos os que queiram participar com perguntas, músicas, poesia e muita criatividade. Entre os artistas que devem participar do projeto, até o final do ano, estão Antonio Cícero, Capinan, Chacal, Cid Campos, Ellen Oléria, Fausto Fawcett, Jards Macalé, José Roberto Aguilar, Miúcha, Moraes Moreira, Nelson Pereira dos Santos, Otto e Thaíde.

Guinga começou a compor aos 16 anos, classificando a sua primeira canção aos 17 anos, no Festival Internacional da Canção. Trabalhou acompanhando artistas como Clara Nunes, Beth Carvalho, Alaíde Costa, Cartola, João Nogueira, entre outros. Sempre compondo, teve várias de suas músicas gravadas por nomes importantes: Elis Regina, Michel Legrand, Sérgio Mendes, Leila Pinheiro, Chico Buarque, Clara Nunes, Ivan Lins e outros. Gravou seis CDs pela gravadora Velas: Simples e Absurdo, Delírio Carioca, Cheio de Dedos, Suíte Leopoldina, Cine Baronesa e Noturno Copacabana.

Teresa Cristina é considerada pela crítica e público um dos grandes nomes da nova geração do samba. Iniciou sua trajetória artística em 1998, apresentando-se no Bar Semente. Ao longo dos quatorze anos de carreira, foram seis CDs lançados: A Música de Paulinho da Viola, que lhe rendeu o prêmio Rival BR, Prêmio TIM de música, como Cantora Revelação, e a indicação ao Grammy Latino de Melhor Disco de Samba; A Vida me Fez Assim; O Mundo É Meu Lugar; Delicada; Três Meninas do Brasil, e Melhor Assim. Em março de 2011, recebeu o prêmio de Melhor Cantora de Música Popular, da Associação Paulista dos Críticos de Artes.

O debate Desde que o Samba É Samba terá duração de duas horas e as senhas para o evento podem ser retiradas com uma hora de antecedência, na bilheteria. O CCBB fica na Rua Primeiro de Março 66, Centro, tel.: (21) 3808-2020. Outras informações podem ser obtidas no site www.bb.com.br/cultura

PROGRAMAÇÃO DO CICLO

19 JUNHO
CONCRETISMO: VERBO, VOZ, VISÃO
Unindo verbo, voz e visão, a poesia concreta foi uma das principais realizações do Concretismo no país e, desde que surgiu por aqui, nos anos 1950, teve apaixonados seguidores e ferrenhos detratores. Qual o legado da arte concreta  e por que ela ainda é capaz de gerar polêmica?
Cid Campos José Roberto Aguilar 

17 JULHO
TROPICÁLIA E CONTRACULTURA
Foi na voz e atitudes de Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal Costa, Torquato Neto, Capinan, Jards Macalé que o Brasil entrou definitivamente na libertária cultura jovem dos anos 1960\70. O que a experiência tropicalista, com sua ousadia e desbunde, deve à Contracultura?
Capinan e Jards Macalé

21 AGOSTO
JAZZ BOSSA NOVA
A década de 1950 foi embalada pelo swing do Jazz, tanto nos EUA e Europa, quanto na América Latina. Qual a influência que os estilos jazzísticos, principalmente o Cool Jazz,  exerceram sobre a Bossa Nova? Qual a nossa imagem de futuro nesses anos dourados e como a música expressava esse ideal?
Miúcha e Nelson Pereira dos Santos

18 SETEMBRO
POESIA MARGINAL
Nos anos 1970, em plena ditadura militar, a Poesia Marginal crescia, solta e rebelde, à margem do incipiente mercado editorial brasileiro. Como os poetas da (mal)dita Geração Mimeógrafo produziam e distribuíam sua poesia? Qual a contribuição desses poetas para a poesia brasileira contemporânea?
Antonio Cícero e Chacal

23 OUTUBRO
A CULTURA HIP-HOP
Foi na década de 1980, em São Paulo, no embalo da Break Dance, que a cultura Hip-Hop ensaiou seus primeiros passos em solo brasileiro. Como o Hip-Hop e o Rap estão ajudando a incluir os jovens nas periferias dos grandes centros urbanos?
Ellen Oléria e Thaíde

13 NOVEMBRO
MANGUE BEAT
Articulando centro e periferia, popular e cultura pop, ritmos locais e rock-and-roll, o Mangue Beat foi uma das principais manifestações artísticas dos anos 1990. Qual a importância desse movimento para a nova MPB?
Moraes Moreira e Otto

SERVIÇO
Evento: Sarau de Idéias – Da Semana de 22 ao Mangue Beat
Patrocínio: Banco do Brasil
Realização: Centro Cultural Banco do Brasil
Idealização/Curadoria: Beatriz Carolina Gonçalves
Debate: Desde que o Samba É Samba
Data: 22.05.2012 – Terça-feira
Horário: 18h30
Debatedores: Guinga e Teresa Cristina
Mediação: Charles Gavin
Classificação indicativa: 12 anos
ENTRADA FRANCA – mediante retirada de senha, distribuída com uma hora de antecedência.

*As informações são de responsabilidade de seus organizadores e estão sujeitas a alterações sem aviso prévio.

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