Gianni Schicchi é o mais novo desafio operístico da Cia Lírica, que inicia o projeto Estações da Ópera de 2012 no Centro Cultural da Justiça Federal com apresentações dias 19 e 20 de maio (sábado e domingo) desta que é a única comédia de Puccini, compositor cujas óperas estão entre as mais interpretadas atualmente. Entre elas estão La Bohème e Madame Butterfly, realizadas em outras temporadas pela Cia Lírica também no Centro Cultural da Justiça Federal, no Teatro Municipal de Niterói e na Sala Baden Powell.
Com libreto de Giovacchino Forzano, Gianni Schicchi faz parte de uma trilogia com as óperas Il Tabarro e Suor Angelica. O personagem que dá nome ao título é citado por Dante Alighieri no 30º canto do Inferno na Divina Comédia e é interpretado por Ciro D’Araújo, barítono do coro do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, onde participou do elenco de Tosca, em 2011, mesmo ano em cantou Átila eLa Traviata, de Verdi, montadas pela Cia Lírica. Ainda no elenco, fazendo o par romântico, estão o tenor Ivan Jorgensen, também integrante do coro do Municipal, tendo cantado recentemente Norma e Maria Tudor na FINEP e em outras montagens da Cia Lírica, como Madame Butterfly e La Traviata, no ano de 2011, e a soprano Danielle Gregório, que atuou como solista das orquestras Sinfônica do Theatro Municipal do RJ, Sinfônica da UFF, Sinfônica da Escola Municipal de Música e Rio Camerata e foi solista das óperas L’elisir d’amore (Adina), Don Pasquale (Norina), ambas do autor G. Donizetti, Le Nozze di Figaro (Susana), de Mozart, e King Arthur (Pastora, Sereia e She) de Purcell.
A história se passa no quarto de Buoso Donati, que acaba de morrer e está cercado pelos parentes chorando falsas lágrimas e ávidos por sua rica herança. No entanto, há boatos de que toda a fortuna foi deixada para os monges. O desenrolar disso é o comportamento desesperado da família para ficar com os bens de Buoso, através da ajuda do oportunista e recém-chegado à cidade Gianni Schicchi, que leva o enredo a um final surpreendente.
Paulo Brasil, pianista concertista com formação no Conservatório de Música de Viena, vencedor de importantes concursos internacionais e apresentações também em Madri e Cidade do México, faz o acompanhamento da ópera, que é apresentada em sua versão completa.
O cenário e o figurino ficam por conta do casal George Bravo e Letícia da Hora, o primeiro, autor dos figurinos de Sonho de uma Noite de São João, remontado em 2011 pela Casa da Gávea, ela com experiência adquirida no projeto Ópera no Bolso, na minissérie Capitu e na novela Eterna Magia, ambas na Rede Globo. O figurino ganha inspiração na explosão de cores da obra de Andy Warhol e estampas em xadrez, simbolizando o próprio jogo entre os personagens. “Muitas montagens de Gianni Schicchi têm por cores predominantes o preto, o cinza e o marrom, simbolizando o luto, mas a história não tem o morto como foco e sim a briga pela divisão dos bens. É cheio de energia, vida e graça. Tem que ter cor”, diz a responsável pela direção cênica, Ana Vanessa.
Sinopse: Ópera cômica em um ato, de Puccini. Obstinada a colocar as mãos na fortuna do parente falecido, uma família faz de tudo para ver quem tira mais vantagem da situação, com a ajuda do traiçoeiro Gianni Schicchi.
Local: Teatro do Centro Cultural da Justiça Federal
Endereço: Av. Rio Branco, 241 – Centro/ RJ
Datas: 19 e 20 de maio, sábado e domingo
Horário: sábado às 19s e domingo 20hs
Preço: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia-entrada)
Duração: 45 minutos
Classificação: Livre
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