Novo clipe de Sarah Abdala reflete crise migratória na América Latina com memórias familiares

Após explorar os ambientes onde cresceu no álbum “Oeste”, Sarah Abdala direciona seu olhar pessoal para o mundo. A artista se apropria da história de sua família de origem libanesa para refletir a condição dos que buscam um novo lar na canção “Migrante”. A música está disponível nas plataformas de música digital, através do selo Pomar, e ganha um clipe.

Expandindo sua voz como compositora e intérprete, Sarah contou com a colaboração de parceiros com quem já dividiu os palcos e outras gravações: Marcelo Callado (Banda Cê, Do Amor) na percussão, Lucas Vasconcellos (Letuce, Legião Urbana) no baixolão, Rogério Sobreira nas palmas, mixagem e masterização. Tai Fonseca também assina a composição, além de backing vocals, sintetizador e shaker. Sarah Abdala assume voz, viola, synth, palmas, percussão e violão.

“Em “Migrante” estou falando da imposição de uma invisibilidade para um povo, de recomeçar depois de acontecimentos opressores e violentos… Estou falando que o mundo é de todos, que ninguém vai se paralisar ou fugir por medo, e que temos que nos reconectar como humanidade”, conta Sarah.

O novo single abre um novo caminho na trajetória iniciada com “Futuro Imaginário”, lançado em 2014. A estreia apresentou ao público uma sonoridade calcada em MPB e rock alternativo, explorando arranjos bem elaborados para composições colecionadas ao longo dos anos. O disco logo ganhou os palcos e rendeu a bagagem necessária para a construção de “Oeste”, de 2017, onde ela se mostrava à vontade para explorar sensações, sentimentos e nuances tanto instrumentais quanto poéticas.

“Migrante” leva isso ao extremo, criando uma ambiência sonora com base para as emoções representada nos sons orgânicos, como o do baixolão de madeira de Vasconcellos, sem medo do que ela antes consideraria um erro.

“Nessa música, no geral, eu quis deixar o que chamam de ‘imperfeições’, aquela esbarrada sem querer na corda da viola… A afinação do baixo… Não quis ficar ‘higienizando’ a música.

O parâmetro da produção foi o que a música pedia, valorizar a progressão do take, valorizar o humano, a ‘imperfeição’ que vem daí. O disco será todo assim”, revela Abdala.

Com arte da capa de Rodrigo Alarcon, “Migrante” está disponível em todas as plataformas de música digital.

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