Manifesto As Embalagens, do encenador polonês Tadeusz Kantor, inspira grupo de dança em Solos de Rua, no centro de São Paulo

“Solos de Rua” é uma ação artística e urbana do …AVOA! Núcleo Artístico, dirigida por Luciana Bortoletto. A montagem não está nos palcos italianos, em teatros, em salas de espetáculos. Está nas ruas do centro de São Paulo. Mais precisamente na confluência das ruas XV de Novembro e Rua do Tesouro. O público que passa – e os muitos que param – assistem a uma intervenção cênica, urbana, artística e… Inquietadora. É característica do grupo, que completou dez anos de estrada em 2016, estar nas ruas, dançar nas ruas, se misturar às pessoas e coisas da rua. Aos que passam e aos que assistem, fica a incerteza e a dúvida do que estão presenciando.

Essa ação tem início dia 14 de outubro de 2017 e integra o projeto “Vir-a-ser”, contemplado pela XX Edição do Programa Municipal de Fomento à Dança/ 2016 e está dividida em três atamentos (ou atos), com temporadas de outros espetáculos em datas nos meses de novembro de 2017 e janeiro de 2018. “Solos de Rua” nasce da inspiração de Luciana Bortoletto, que realizou performance solo semelhante em 2012 com a qual recebeu o prêmio Denilto Gomes, em 2013.

Sob grandes lonas plásticas – de um lado preto, do outro branco – os integrantes do núcleo se inspiraram no manifesto As Embalagens, do encenador polonês Tadeusz Kantor (1915-1990) para criar o Solos de Rua. Trata-se de um jogo coreográfico no qual os bailarinos e a lona se afetam mutuamente em contexto urbano, em espaços públicos de grande circulação, misturando-se à paisagem local (sonora, humana, arquitetônica, social). Não é possível saber, ao certo, o que emerge de dentro da multidão. O que se sabe é que, de vez em quando, não convém permanecer por muito tempo em silêncio, pois é urgente mover, dobrar (-se), friccionar, atar, ocultar, revelar, desviar, dizer e não apaziguar.

… AVOA! NÚCLEO ARTÍSTICO

Com direção de Luciana Bortoletto, desde 2006 o núcleo dedica-se a um trabalho ancorado nas linguagens de dança contemporânea, improvisação cênica e abordagens somáticas, pesquisando uma corporeidade que convida à proximidade, acreditando na potência do gesto e de ações artísticas coletivas. Explora a criação coreográfica em contexto urbano e fora do palco. É idealizador do GIRE – Grupos Independentes em Rede, que promove encontros prático-teóricos entre coletivos e artistas pesquisadores de poéticas urbanas e a dança nesse contexto. Participou da Bienal SESC de Dança 2013, Festival Internacional Visões Urbanas com apresentações em São Paulo, Alagoas e Portugal, Mostra de Fomento à Dança, Festival Breu de Arte Urbana, Mostra Escambos Estéticos, inauguração do SESC 24 de Maio (intervenção Caravana Citadina, com direção de Alex Ratton), Mostra Lugar Nômade de Dança, Festival Satyrianas, Virada Cultural, entre outros.

Apoios e prêmios: Prêmio Denilto Gomes, Prêmio SESI Dança, apoio do Programa Municipal de Fomento à Dança com os projetos “Urgência – A cidade do avesso” (8ª Edição); “Corpo Poético, Corpo Político” (14ª Edição); “Entre-espaços: Relações possíveis no encontro com a rua” (16ª Edição); “Vir-a-Ser” (20ª Edição).

SERVIÇO
Solos de Rua
Data: 14 de outubro (sábado) – 13h | 17 e 19 de outubro (terça e quinta) – 15h30
Percurso: Início na Rua XV de Novembro, esquina com a Rua do Tesouro, centro de São Paulo – Referências de localização: próximo à Estação de Metrô Sé e Pátio do Colégio.
Observação: Em caso de chuva, não haverá apresentação.
Duração: 60 minutos
Recomendação: Livre

*As informações são de responsabilidade de seus organizadores e estão sujeitas a alterações sem aviso prévio.

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