Coprodução Brasil e Argentina, ‘Invisible’ é selecionado para o Festival de Veneza

INVISIBLE, de Pablo Giorgelli, ganhador da CAMERA D’or em Cannes 2011 por Las Acácias foi seleccionado para o 74o Festival de Veneza, onde será exibido na mostra competitiva Orizzonti, que acontece esse ano entre 30 de agosto e 9 de setembro. Considerada uma das mostras mais importantes do Festival, a Orizzonti tem como intuito mostrar o que está sendo feito de inovador no cinema mundial.

O filme acompanha um momento muito importante na vida de Ely, que tem 17 anos e mora no bairro da Boca em Buenos Aires. Ely engravida e entra em uma turbulência sentimental que a leva a tomar uma decisão que mudará sua vida para sempre.

INVISIBLE é uma coprodução entre Brasil, Argentina, Uruguay e Alemanha produzido no Brasil pela Sancho & Punta.

A Sancho & Punta também participará do Festival de Veneza com outro filme, desta vez como associada do filme Zama, o novo projeto da cineasta argentina Lucrécia Martel, produzido no Brasil pela Bananeira Filmes da Vania Catani.

A Sancho & Punta, coproduziu Era uma vez Brasília, de Adirley Queirós selecionado recentemente para o Festival de Locarno e no começo do ano participou no festival de Rotterdam com os filmes Elon, não acredita na Morte de Ricardo Alves Junior e Los Territorios de Iván Granovsky.

INVISIBLE será lançado no Brasil em circuito comercial no dia 9 de novembro pela Vitrine Filmes, através do projeto Sessão Vitrine Petrobras.

Ely tem 17 anos e mora no bairro da Boca em Buenos Aires. Ela cursa o último ano do ensino médio e trabalha num pet shop para completar a renda familiar. Ao descobrir que está grávida do Raúl, dono do Pet Shop, seu mundo interno colapsa. Enquanto tenta manter sua rotina diária como se nada tivesse acontecido ela é tomada pelo medo e angústia. A sociedade que a pressiona e o estado de saúde frágil da sua mãe a isolam e a obrigam a amadurecer precocemente. Tomar a decisão que mudará sua vida para sempre lhe permitirá ter um novo começo.

Comentário do diretor

“Sempre me comovi pela gente que se sente sozinha. Esse momento de vulnerabilidade em que um se sente desamparado e deve superar na solidão a dor e a tristeza. É dai que nasce este filme. Da minha própria tristeza e desamparo. Vem também de gente que conheci no meu conjunto habitacional no bairro da Boca em Buenos Aires. Os cidadãos invisíveis, anônimos. Gente que trabalha e sobrevive e ocupa esta cidade sem ser ocupante. Gente que tem a necessidade instintiva da rebeldia frente a um futuro que dizem não lhes pertencer. Gente que sabe conviver com as consequências do sistema que os exclui um pouco mais a cada dia. Gente que no quer estar mais sozinha e resiste como pode. Gente invisível como a gente.”

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