Após ser exibido no Festival de Tiradentes, ‘Histórias Que Nosso Cinema (Não) Contava’ chega em São Paulo

HISTÓRIAS QUE NOSSO CINEMA (NÃO) CONTAVA, dirigido por Fernanda Pessoa, foi um dos destaques dos Festival de Cinema de Tiradentes em janeiro e considerado pelo crítico Inácio Araújo, da Folha de S. Paulo, “um dos mais significantes eventos do ano no ramo da arte”. Agora o público de São Paulo poderá assisti-lo por conta da retrospectiva do mesmo Festival, e será exibido no Cinesesc no dia 29 de março às 19h.

O filme realiza uma releitura histórica da ditadura militar no Brasil, com foco nos 1970, a partir apenas de imagens oriundas de 30 filmes produzidos no período e que foram considerados “pornochanchadas”, o gênero mais visto e mais produzido durante a década de 70.

HISTÓRIAS QUE NOSSO CINEMA (NÃO) CONTAVA também já foi exibido nas sessões competitivas do Festival Thessaloniki Documentary Festival, na Grécia e do Cinélatino 29e Rencontres de Toulouse. Trata-se de um documentário de montagem, ou de remploi, feito inteiramente com imagens e sons das pornochanchadas, sem entrevistas ou off. Temas como a luta armada, a violência do Estado, o milagre econômico, a “era de aquarius” e a modernização do país são abordados de forma divertida e inusitada, através de uma montagem criativa e associação inesperada de imagens.

O filme relembra e analisa um período histórico brasileiro através da sua produção cinematográfica hegemônica, provocando uma reflexão não somente sobre o período histórico retratado, mas também sobre o próprio cinema enquanto construtor da história e da memória coletiva.

Sobre a diretora:

Fernanda Pessoa é cineasta e artista visual. Formada em cinema pela FAAP (2010) e mestre em Cinema e Audiovisual pela Université Sorbonne Nouvelle (2013), sob a direção de Philippe Dubois. HISTÓRIAS QUE NOSSO CINEMA (NÃO) CONTAVA é seu primeiro longa metragem.

Desde 2011 desenvolve um trabalho de interação entre cinema e artes visuais, com foco na pesquisa do cinema em super 8mm e 16mm e na utilização de found footage. Dirigiu cinco curtas-metragens, exibidos em festivais nacionais e internacionais. Em 2014 foi selecionada no edital de Artes Visuais do 18o Cultura Inglesa Festival, com o projeto Estações, uma instalação fílmica com quatro projetores 16mm. Em 2016, realizou no MIS-SP a videoinstalação Prazeres Proibidos, sobre a censura aos filmes de pornochanchada durante o regime militar.

Produtoras

Pessoa Produções foi fundada por Fernanda Pessoa em 2014 e atua na fronteira entre o cinema e as artes visuais, além de prestar serviços na área de publicidade e trabalhos institucionais.  Produziu os curtas “Pesadelo de Classe” e “Libação”, ambos exibidos na Mostra de Tiradentes.

Studio Riff é uma produtora audiovisual com foco em realização documental para cinema, televisão e internet. Atualmente desenvolve dois longas metragens documentais. Produziu 7 curtas-metragens e 2 médias metragens. “Diálogos” (35, 2011) ganhou o prêmio de Melhor filme no Festival Cinesul 2012. “Cidade Improvisada” (19’, 2012), ganhou o prêmio de melhor filme no Festival Visões Periféricas e foi selecionado para mais de 30 festivais nacionais e internacionais. “100% Boliviano, Mano” (2013, 15’), curta-doc, ganhou o prêmio de Melhor Curta Educativo pelo Festival Entretodos de Direitos Humanos 2013 e o curta “Janaína” venceu o prêmio Visão Social no mesmo festival.

Serviço:

Sessão: HISTÓRIAS QUE NOSSO CINEMA (NÃO) CONTAVA
Dia 29 de março – quarta-feira
Horário: 19h
Local: Cinesesc – Rua Augusta, 2075
Ingresso: (comerciario) R$ 3,50 – (meia)R$ 6,00 – (inteira)R$ 12,00

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