‘Circo É… Circo’ e outros documentários nacionais chegam ao SESC TAUBATÉ

O documentário é a forma através da qual cineastas retratam a realidade, muitas vezes poética e subjetivamente. Na próxima semana, de 20 a 23, uma série de filmes não-ficcionais brasileiros serão exibidos na programação do Sesc Taubaté. Os longa metragens exibidos serão Circo É… Circo, A Alma da Gente, O Fim e o Princípio e Últimas Conversas. A exibição é gratuita e acontece às 20h.

No dia 20 será o documentário Circo É… Circo, (foto) da diretora Daniela Cucchiarelli. O longa foi realizado durante o Circos – Festival Internacional Sesc de Circo, no ano de 2015. A obra mostra a formação e o labor do artista circense, o risco como a estética, a memória, os diferentes espaços de apresentação e das possibilidades atuais de construções dramatúrgicas.

O segundo dia da programação, dia 21, será do documentário A Alma da Gente dos diretores Helena Solberg e David Meyer, datado do ano de 2002. O filme conta a história do coreógrafo Ivaldo Bertazzo que coordenou um projeto de dança com adolescentes da Favela da Maré, levando à apresentação do espetáculo Dança das Marés. O documentário mostra a rotina de treinos, a interação entre os participantes e os sonhos destes jovens para o futuro. Dez anos depois, os diretores procuraram os dançarinos para compreender o impacto deste evento em suas vidas, e para ver se conquistaram seus desejos de infância.

O Fim e o Princípio é o longa metragem programado para a quinta feira, dia 22. Nesta obra, Eduardo Coutinho mostra, sem pesquisa prévia, locações, nem temas definidos, uma equipe de cinema parte em busca de histórias no sertão da Paraíba. Em São José do Rio do Peixe eles descobrem o Sítio Araçás, comunidade rural com 86 famílias, a maioria ligada por laços de parentesco. Com mediação de uma jovem local, os moradores – na maioria idosos – contam sua vida, marcada pela religiosidade, pela hierarquia, pelo senso de família e honra.

O segundo filme de Eduardo Coutinho, Últimas Conversas, encerra a programação de Documentários no dia 23. A partir de entrevistas com jovens estudantes brasileiros, o filme busca entender como pensam, sonham e vivem os adolescentes de hoje. Quando morreu, em fevereiro de 2014, o diretor deixou 32 horas de material gravado e um caderno com anotações iniciais a respeito desse material. Foi então que o produtor João Moreira Salles e a montadora Jordana Berg levaram adiante a missão de terminar a obra. No corte final, tem-se nove entrevistas das 97 realizadas durante as filmagens, que aconteceram em novembro de 2014 no Estúdio do Cais.