Baseado no filme cult de Pascal Laugier, o assustador MARTYRS chega em maio no Brasil

MARTYRS é uma história de horror, amizade, vingança e reconciliação. A refilmagem norte-americana do franco-canadense de mesmo nome foi concretizada através da parceria entre o roteirista Mark L. Smith, as produtoras Blumhouse Tilt, The Safran Company e Wild Bunch – e, por fim, mas não menos importante, os diretores Kevin e Michael Goetz.

Martyrs – Trailer legendado [HD]

O filme não é uma refilmagem quadro a quadro do original Martyrs, com a tinta do original ainda úmida, e sendo um filme tão autoral, não havia sentido em refazê-lo. Os cineastas preferem dizer que MARTYRS foi ‘inspirado’ na obra franco-canadense. Os diretores Kevin e Michael Goetz comentam algumas de suas ideias iniciais sobre o roteiro e o projeto em geral, “o que nos atraiu no roteiro de MARTYRS foi o relacionamento entre Anna e Lucie – e isso se tornou nosso ponto de partida neste projeto – muito mais do que as intermináveis cenas de tortura, pensamos que poderíamos expor esse mundo infernal, mas sob a perspectiva dessas duas amigas que estão lá uma pela outra”, e acrescentam, “depois de algumas conversas com o roteirista Mark. L. Smith, encontramos o produtor Peter Safran e levantamos algumas ideias. Peter Safran concordou com nossa concepção”.

Sobre o elenco, Kevin e Michael Goetz relembram, “escalar o elenco foi fácil – Troian Bellisario fez um teste; nós a conhecíamos da série Malvadas – Pretty Little Liars, mas não a havíamos visto cair de cabeça numa personagem como essa. Seu teste foi impecável – ela estava totalmente comprometida – expressou escuridão, alguma tristeza, lembramos de estar com ela naquela sala e sermos afetados por seu desempenho”.  “Bailey Noble (mais conhecida por seu trabalho na série True Blood) tem a dose certa de ingenuidade e confiança. Precisávamos de alguém que pudesse fazer a transição de uma menina pura e delicada para uma guerreira feroz que busca vingança com a angústia que nasceu do amor que sente por sua melhor amiga. Bailey foi capaz de fazer essa transição de forma maravilhosa”, concluem os diretores.

Lucie, uma garotinha de 10 anos de idade, escapa do armazém isolado onde foi mantida prisioneira. Já no orfanato que a acolheu, mas profundamente traumatizada, é atormentada por sonhos terríveis. Seu único conforto vem de Anna, uma menina da mesma idade. Quase uma década mais tarde e ainda assombrada por demônios, Lucie finalmente rastreia a família que a torturou. Ao se aproximarem da angustiante verdade, Lucie e Anna acabam presas num pesadelo – se não conseguirem escapar, um destino terrível as aguarda…

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“MARTYRS” POR MICHAEL E KEVIN GOETZ

Como a maioria dos fãs do MARTYR original, nós também ficamos chocados ao saber sobre essa nova versão… Um ‘remake’? A tinta do filme de Pascal Laugier ainda nem havia secado. E o original tem uma quantidade enorme de fãs dedicados… Será que poderíamos lhe fazer alguma justiça? Mas ao ler o roteiro de Mark. L. Smith soubemos que tínhamos que fazer esse filme.

O que mais nos atraiu nessa versão não foi somente a vingança impiedosa das personagens femininas, mas revelar o que aconteceria se Lucie não tivesse morrido como no original. Se ela sobreviveu àquele momento, seria a ligação entre essas duas mulheres forte o suficiente para perdurar? Até onde poderia levá-las? Olhamos adiante e criamos um mundo escuro e assustador, onde o único vislumbre de esperança e bondade poderia nascer do vínculo duradouro de amizade e do amor. Logo soubemos que não era o mesmo MARTYRS – e também não é uma versão (americana) atenuada para agradar às massas. Não, esta ainda é uma história profunda e muito comovente que acontece no mesmo cenário da original – amarrada às sombras de um submundo que é muito real. MARTYRS tornou-se algo próprio – um renascimento para os personagens e para nós – e nunca olhamos para trás.

As histórias mais assustadoras são aquelas que representam o mal verdadeiro encontrado aqui na Terra, enraizado dentro da humanidade. Este é um dos elementos que amamos no original. Adoramos mexer com o conjunto de monstros e fantasmas que há nas mentes e avançar com uma narrativa distinta e sem remorso que abre novos caminhos.

Além de explorar a força que um homem exerce sobre o outro – sequestro, tortura, dor, domínio – MARTYRS também apresenta uma questão existencial: é possível para àqueles que chegam tão perto da morte na Terra realmente ver o outro lado antes de perecer, e trazer essa informação de volta ao mundo dos vivos? Imagine a possibilidade. Imagine o tamanho dessa resposta e você percebe que cultos que procuram por respostas assim poderiam existir e, muito provavelmente, existem. Este é o pior tipo de mal. É o poder supremo aplicado através de delírios de grandeza. Buscar as respostas de um poder superior. Questionar a religião. Sacrificar pelo conhecimento.

Então há Lucie e Anna. Duas garotinhas esquecidas por todos e agredidas pelo mundo que as cerca. Tudo que elas têm são uma à outra. Até onde essa ligação da infância poderia levá-las? Seriam capazes não só de suportar um mal tão palpável e real, mas, em última análise, prevalecer sobre ele? Nós acreditamos que sim. (Michael & Kevin Goetz).

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