A&E estreia controverso reality sobre praticantes de swing

Experimentos sociais, com foco em relacionamentos amorosos, como Casamento à Primeira Vista, Sobrevivendo ao Casamento e Confinados para Amar, estão presentes na grade do A&E. Seguindo essa mesma linha, o reality norte-americano Vizinhos com Benefícios chega à tela do canal, no dia 13/11, às 23h, com uma proposta provocativa. O programa traz à tona uma subcultura controversa, embora seja mais atual e popular do que se pensa: casais que praticam swing (troca de casais) – e, nesse caso, eles vivem na mesma vizinhança.

Hoje em dia, nos Estados Unidos, as pessoas são mais honestas e estão mais dispostas a falar sobre as práticas utilizadas para manter seus casamentos vivos e mais fortes. E Vizinhos com Benefícios acompanha o dia a dia de casais que, além de compartilharem as mesmas festas de swing, ainda moram no mesmo bairro. Pessoas comuns, mães e pais, que são vizinhos na vida real e mantém casamentos liberais, dentro de rígidas regras e códigos de conduta dessa prática.

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A série mostra o estilo de vida e as complicações que acontecem quando as vidas desses vizinhos acabam interligadas. Cada episódio, de uma hora de duração, aborda mais revelações sobre esse estilo de vida e o que acontece do outro lado da cerca, seja com os casais praticantes ou com os vizinhos que são contrários ao swing. O objetivo é apresentar as diversas emoções e reações humanas como amor, prazer, ciúme, discussões, inseguranças e envolvimentos fora do casamento.

O episódio de estreia, Bem-vindos à vizinhança, apresenta o casal Tony e Diana, que está empenhado em abordar novos vizinhos para adotar seu estilo de vida, convidando-os para um churrasco em sua casa. Porém, ao conversarem com Mark – que é totalmente contra a esse estilo de vida –, ele tenta impedir que novatos se juntem à turma. Lori e Eric ficam nervosos para um encontro com um novo e sexy casal. Enquanto isso, como os praticantes irão lidar com as mensagens que a mulher de Cody, Brittany, tem enviado para o marido de outra? Ela transgrediu o código de ética dos praticantes de swing, será que foi voluntário?

A prática de swing no Brasil – Há dezenas de estudos acadêmicos e comportamentais sobre sexualidade e a prática do swing no país, assim como livros, sites e blogs dedicados ao assunto. Mas ainda não existe consenso sobre perfil e número de adeptos da prática. De acordo com uma pesquisa realizada pelo site de relacionamentos SexLog, 28% dos brasileiros – dentre uma amostragem de 25 mil pessoas – têm como estilo favorito o swing. Outro estudo aponta que São Paulo é a cidade do país com mais festas de swing, seguida do Rio de Janeiro e Recife (PE). Os praticantes da modalidade têm regras, semelhantes às que são mostradas na nova série do A&E, e alguns símbolos para identificação, entre eles, tornozeleira com pingente de pimenta ou maçã mordida, e dama de espadas. 

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Código de conduta do swing:

  1. Não se envolva romanticamente. Respeite os outros casais.
  2. Não significa NÃO. O objetivo é desfrutar, não ir para casa com arrependimentos. Respeite sem pedir explicações.
  3. Uma abordagem de um casal não significa que a experiência será consumada e vice-versa. Respeite a decisão alheia e retire-se.
  4. Nunca e por nenhum motivo pressione alguém para participar do swing.
  5. Não fale do estilo de vida swinger para as pessoas que não tenham manifestado qualquer interesse em conhecê-lo.
  6. Proteja o anonimato dos praticantes, e sempre use pseudônimos.
  7. Cuide ao máximo da higiene e aparência.
  8. Não faça nada que deprecie ou difame o estilo de vida swinger.
  9. Seja amigável com as amizades de outros swingers, mas nunca tente invadir territórios pertencentes a outro casal.
  10. Pratique o sexo seguro, use preservativo e faça de tudo para proteger sua saúde pessoal e dos outros.

Mitos sobre o swing

FALSO

  • Converter-se em um casal swinger serve para salvar o relacionamento. O casal que já não funciona não vai melhorar tornando-se mais liberal. A atmosfera swinger não evita o divórcio.
  • Os integrantes de um casal swinger não sentem ciúme. Além dos encontros sexuais compartilhados, eles ainda sentem o mesmo ciúme como qualquer outro casal.
  • A prática do swing é sempre satisfatória. A realidade é que há encontros que são um fracasso. Além disso, quase a metade deles não atinge o objetivo.

VERDADEIRO

  • O ambiente swinger, para alguns casais, estimula mais o erotismo do que normalmente acontece quando estão a sós.
  • Um casal, após vários encontros intensos com outros swingers, corre o risco de tornar essas relações liberais um hábito, perdendo o interesse em manter relações somente entre os dois.
  • Voyeurismo, exibicionismo e masturbação são fatores essenciais compartilhados mundo swinger e, em diferentes graus, todos os casais – swingers ou não – são atraídos para situações em que esses três elementos estão envolvidos.
  • Ao menos 60% das mulheres sentem culpa após iniciar o sexo compartilhado. Também é verdade que esse sentimento diminui até desaparecer por completo, em geral, após o quinto ou sexto encontro bem-sucedido. Os casais swingers não vivem sua condição dentro dos limites morais convencionais.

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